‘Wicked’: Diversidade e reflexões da telona para vida real

Por Genilson Coutinho

Nesta quinta-feira (21), estreia no Brasil a adaptação cinematográfica do famoso musical da Broadway “Wicked”, que aborda o universo do clássico Mágico de Oz, a partir da perspectiva de duas bruxas.

O musical consegue prender o público durante 2h40 sem canseira. As protagonistas Cynthia Erivo e Ariana Grande dão vida a Elphaba e Glinda, com a direção certeira de Jon M. Chu, além de todo o colorido, o longa aborda preconceito, diversidade e inclusão.

As situações vividas por Elphaba por ter nascido com a pele verde estão muito próximas do que sofrem pessoas negras. Muitas pessoas ao assistirem o filme vão se identificar com a bruxa verde que sofre diversas violações e preconceitos desde seu nascimento.
Ser encarado com os piores olhares no pátio da universidade, com indiferença pela juventude branca e cheia de preconceitos nos transporta lamentavelmente para situações de racismo sofridas todos os dias por pessoas negras no Brasil.

Mesmo com toda magia, essas dores não passam despercebidas. É perceptível o olhar atento do diretor, que entende a importância de trazer para o eixo do debate a inclusão das pessoas PCDs nas produções, além de naturalizar a presença dos homens gays. Outro ponto alto do filme é a química entre Cynthia Erivo e Ariana Grande que já caiu no gosto do público. Mas é notável que a mídia caiu de amores por Ariana Grande e não vejo tanto destaque para Cynthia Erivo, atriz e cantora britânica, que iniciou sua vida artística em Londres, com formação pela Royal Academy of Dramatic Art, que a despontou para grandes sucessos no teatro.

O público deve lembrar dela em “A Cor Púrpura”, interpretando a personagem Celie Harris, que foi um divisor de águas na sua carreira, conquistando prestígio internacional. E em 2019, no filme “Harriet”, ela interpreta Harriet Tubman, papel que lhe rendeu indicações ao Oscar de Melhor Atriz e Melhor Canção Original.

Esse sucesso está disponível na rede UCI Orient em todo Brasil.

Aguardem uma quantidade volumosa das indicações do musical ao Oscar. Estou na torcida!

Genilson Coutinho é Editor-chefe , ativista LGBTQIA + , Embaixador do UCI Orient Shopping da Bahia e apaixanado por cinema .