WD acaba de lançar o clipe da música Desculpa Se Eu Não Falo de Amor. Esta é o quarto single do EP “Periferia”, lançado no dia 01 de dezembro que conta também com as faixas já conhecidas A Voz da Resistência, com participação de Negra Li, Periferia, produzida por Los Brasileiros, e a recém-lançada Verdadeira Brasileira, que tem produção do duo de produtores Tropkillaz e ganhou um clipe com participação de Jojo Todynho.
A canção, produzida por Douglas Moda, traz ainda mais o viés da interpretação do cantor, abordando a temática do afeto negro. “Não é fácil falar de amor/ Quando no seu caminho só recebe espinhos/ Eu só queria uma flor/ Ter mais que uma noite de amor clandestino”.
“Desculpa Se Eu Não Falo de Amor é uma música muito especial pra mim, porque ela fala sobre afeto e eu pude curar diversas áreas do meu coração através dela”, reflete. Segundo WD, a música faz ainda referência às canções de Alcione, IZA, Anitta e Luisa Sonza, artistas que são inspiração para o trabalho do cantor.
No clipe – gravado em um galpão na estrada de Furnas, uma locação centenária e cheia de histórias, no Rio de Janeiro, e com direção de Riccardo Melchiades – WD dança e canta os versos da música, vestido de noiva. “Este é meu primeiro clipe sozinho, sem apoio do ballet ou com uma participação especial, e eu tive o desafio de me expressar e contar essa história através só do meu corpo”, conta o cantor. “Foi emocionante colocar meu corpo como matéria prima para esse projeto”, completa.
Ao mesmo tempo, WD entendeu a importância de trazer outros elementos que ajudariam a compor essa narrativa. O primeiro deles é o vestido de noiva, que para ele simboliza o ápice do afeto: “Quando uma pessoa está vestida de noiva, está embalsamada de amor. E quando eu rasgo o vestido e logo me arrependo quis retratar exatamente a dualidade da minha relação com o afeto, por anos”. O buquê de flores traz a intenção de que às vezes as pessoas só querem uma coisa simples, uma flor colhida no jardim. “Já com o crucifixo, eu quis mostrar que muitas vezes somos engolidos por uma religião tóxica, mas que eu entendi, renasci e não deixo mais que um tipo de fé agrida o existir de alguém”, reflete WD.
A direção de arte é da artista Yolanda Ribeiro/ Addedo ART, que trouxe elementos para o cenário que ajudaram a compor o caos e a intensidade que WD queria transmitir. “Para mim é mais um manifesto e uma alerta para os meus, de que relacionamentos podem e devem ser construtivos e não destrutivos”, completa.