A Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, começou a vacinar contra Mpox – antes chamada de varíola dos macacos – pessoas com mais de 18 anos que têm HIV e aids.
Receberão as doses aqueles que tiverem a contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. A condição deixa o sistema imunológico menos capaz de combater determinadas infecções.
Também serão imunizados os profissionais que trabalham diretamente com Orthopoxvírus [a família do vírus da Mpox] em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade.
Duas doses
O esquema de vacinação contra a Mpox é de duas doses com intervalo de 30 dias. É necessário ter se imunizado com, no mínimo, três doses da vacina contra Covid-19 e estar há um mês sem tomar qualquer outro tipo de imunizante.
As aplicações acontecem de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h, no Centro de Controle de Doenças Infectocontagiosas (CCDI) da cidade, na Rua da Constituição, 556, Vila Mathias.
Segundo a prefeitura, o Governo de São Paulo enviou uma lista com o nome de 49 pessoas que devem receber o imunizante em Santos.
O CCDI está responsável por entrar em contato para agendar a data de vacinação. As pessoas que se enquadram nos critérios e não foram notificadas podem comparecer no local e apresentar o documento com foto.
Mudança de nome
A mpox era chamada de varíola dos macacos porque foi identificada pela primeira vez em colônias de macacos, em 1958. Só foi detectada em humanos em 1970.
Entretanto, o surto mundial do ano passado não tem relação nenhuma com os primatas – todas as transmissões identificadas foram entre humanos.
Por causa disso, no ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um processo de consulta pública para encontrar um novo nome para a doença e assim combater o racismo e estigma provocado pelo nome. Durante o processo, foram ouvidos vários órgãos consultivos até chegar no termo “mpox” (do inglês, “monkeypox”).