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Sala VIP

Sala Vip: Empresários da The Hall falam ao Dois Terços sobre as comemorações dos dois anos da casa de eventos

Genilson Coutinho,
16/10/2014 | 14h10

Rodrigo Smith e Maurício Azevedo (Foto: Fábio Peixoto/ Divulgação)

Os empresários Rodrigo Smith e Mauricio Azevedo, sócios da casa de eventos The Hall, em Salvador, deram uma entrevista ao site Dois Terços sobre os 2 anos do espaço e falaram sobre o mercado LGBT, sobre as novidades da festa MEGA Gladiador, ponto alto das comemorações do aniversário da boate e sobre projetos futuros.

Com experiência no mundo dos negócios há mais de 9 anos, atualmente Rodrigo, de Curitiba, também é proprietário de uma rede de salgados em Salvador. Já o soteropolitano Mauricio, além de empresário há 8 anos, é DJ e dono de selos de grandes festas da cidade.

Confira abaixo a entrevista na íntegra!

Dois Terços – Há dois anos vocês iniciaram um novo movimento nas noites de sábado, na cena GLS de Salvador. Quais foram os pontos negativos e positivos neste período?

Mauricio Azevedo, produtor executivo: Em um curto espaço de tempo nos tornamos referência de qualidade, atendimento e somos “escolhidos” por cerca de 50% do público GLS todos os sábados.

Outro ponto extremamente positivo é a pluralidade e a diversidade da The Hall. São os diversos selos de festas como a Mega, Festa Pop, xxXtreme, Open Verão e O Melhor Open Bar do Mundo, que atingem os mais variados tipos e segmentos de público, sem contar que por sermos a maior casa da cidade, a sensação de liberdade que oferecemos agrada muito o público, afinal temos até quatro ambientes: pista, lounge e 2 camarotes em uma só noite.

Por isso que costumamos dizer que somos “A Casa de Salvador”, pois além das festas GLS aos sábados, realizamos eventos voltados para o público do pagode, como Parangolé, Ed City, Bailão do Robyssão, de rock, como Matanza, Cavalera Conspiracy, Scracho, Forfun, Scambo, matinês para o público teen, como a The Choice e ‘E aí Beijou?’, além de eventos corporativos, com as principais grandes empresas de Salvador.

Rodrigo Smith, proprietárioAcreditamos que a The Hall é um case de sucesso, pois há 2 anos atrás, todo o mercado condenava a nossa estratégia – não ia se imaginar que em Salvador, uma casa conseguisse receber a maior pluralidade possível de públicos. Sim, nós conseguimos e esse é o nosso principal ponto positivo.

Na nossa avaliação, o atual cenário macroeconômico não é um dos mais interessantes. Vivemos em uma fase de estagnação econômica, principalmente em Salvador, que após o período da Copa do Mundo, e agora com as eleições, fez um verdadeiro “pause” na economia. O nosso diferencial é interpretar as tendências do público, acompanhando o que os clientes querem: ser feliz, se divertir e gastar dentro de suas possibilidades.

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The Hall (Foto: Fábio Peixoto/ Divulgação)

DT – É notável que a cada nova festa vocês recebem um público diferente, que vai da turma das divas pop’s ao público do tecno house.  Esse foi o caminho da casa para atender a demanda de cada público específico?

Mauricio Azevedo, produtor executivoEmbora haja uma renovação do público a cada sábado, há uma significativa parcela que se repete. A fidelidade do público é bem considerável, chegamos a fazer uma campanha que a The Hall não tem clientes, mas sim fãs, por conta principalmente do relacionamento.

Nós tratamos cada um como se fosse um amigo. Até quando há problemas, comuns em qualquer empresa, tem sempre alguém de extrema confiança intermediando a relação, além de nossa linha de frente, como Pit Grimaldi, Rafael Baylão, Tauã Almada, Berg Benoni, Jhean Pinheiro, Helder Azevedo e a gerente Renata Britto, temos os nossos promoters. Sem contar que o contato é muito pessoal. Todas as noites estamos na casa recebendo eles e curtindo as festas ao lado deles.

Rodrigo Smith, proprietário: O caminho também foi oferecer sempre a cada festa algo diferente. Vai desde o tema, o segmento, até as promoções de bebidas no serviço open bar e nos souvenirs exclusivos, como os copos personalizados que se tornaram sensação na cidade. Atender o público GLS de Salvador é um desafio delicioso, de renovação constante.

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Rodrigo Smith e Maurício Azevedo (Foto: Davi Lima/ Divulgação)

DT – Como vocês observam o movimento do cenário gay na cidade nestes 2 anos trabalhando com esse público?

Rodrigo Smith, proprietário: O cenário evoluiu bastante. Vivemos uma noite mais madura com a evolução das opções e de profissionais. O público é o grande merecedor, pois hoje tem a total liberdade de escolher onde prefere se divertir. Saímos da “mono-noite”, vivemos hoje uma noite mais plural.

Poder escolher não só o que fazer, mas onde se sente melhor, onde é melhor tratado, onde tem o melhor serviço, onde tem o melhor custo-benefício, é sim uma conquista do público. Também avaliamos que houve uma mudança do comportamento do público GLS, que não está mais restrito aos guetos. O gay está em todos os lugares, indo a novos espaços e demarcando posições fortes na sociedade. Dizer que o gay está apenas no gueto é um erro.

DT – As casas estão sempre lotadas, mas ainda sim existem queixas de empresários que trabalham com o público gay, que não há fidelidade, nem o chamado Pink Money em abundância? Vocês concordam com essa reflexão do mercado?

Mauricio Azevedo, produtor executivoClaro que não, somos empreendedores. Observamos o mercado, as tendências, e principalmente, os ciclos da noite. É muito fácil se ter fidelidade do público quando se é a única opção. O público é sim fiel, porém ele não é de ninguém, ele é livre. Nossa missão todos os sábados quando abrimos a casa é bem clara: que cada pessoa que entre na The Hall seja feliz naquele momento. É nosso esforço. Sabemos que temos uma contribuição fenomenal para isso. O “Pink Money” não existe, isso é conceito ultrapassado, conceito de 10 anos atrás. Hoje o público GLS é macro, alcançou-se pontos de influências econômicas consideráveis.

Atualmente quem pensa que o público GLS é infiel é porque não faz um trabalho para conquistá-lo. A fidelidade também é um trabalho mútuo. Mantemos uma variável de público aos sábados e não paramos nunca. Quem reclama não somos nós. Todo sábado é cheio de vibe e boa energia.

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Rodrigo Smith e Maurício Azevedo na festa de 1 ano da The Hall (Foto: Davi Lima/ Divulgação)

DT – A festa MEGA será o ponto alto das celebrações dos 2 anos, no próximo dia 18 de outubro. O que vocês estão preparando para essa noite especial?

Mauricio Azevedo, produtor executivo: A MEGA passou por uma forte renovação de conceito. O diamante foi lapidado, sendo uma grande inovação quando o assunto é música eletrônica. Tornou-se uma das referências nacionais, trazendo sempre nomes de peso do cenário nacional e internacional para Salvador, além de público de outras cidades, como Aracaju, Recife, Vitória, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e São Paulo. A MEGA é um grande encontro, é quando todo mundo resolve viver aquela energia única.

Nós estamos muito ansiosos para a festa de 2 anos da The Hall. Muito planejamento, muitas inovações tecnológicas e efeitos especiais – a The Hall estará como vocês nunca viram, além do G.U.X., um dos grandes nomes da cena internacional, que vem ao Brasil em turnê na Kathedral de Brasília, a MEGA e a festa Garden, em São Paulo. A vibe fica mais perfeita ainda com Grá Ferreira, a rainha da música eletrônica e a DJ mais aclamada por nós baianos, e o ‘After da Pit’, que promete esquentar a pista sem ter hora para acabar.

DT – Quais são os novos projetos da casa? Já podem adiantar algo?

Rodrigo Smith, proprietário: Em maio deste ano lançamos em Salvador um projeto pioneiro. Os cartões de consumo pré-pagos, os conhecidos Mega Membership. Foi um grande sucesso. A comodidade para os clientes cadastrados e vips da casa foi incrível, levando a ampliarmos e criarmos outros tipos de cartão de fidelidade, a partir de novembro, que vai revolucionar mais uma vez o conceito de comodidade na balada.

Já agora, no dia 25 de outubro lançaremos um novo selo, o “Camarote da The Hall – A Festa”, a primeira festa totalmente open bar e open doors, ou seja, a The Hall sem divisões físicas de espaço, se tornando um único camarote, sendo um conceito inédito. Acreditamos que vai ser uma das sensações do verão soteropolitano. Sem contar com volta da festa Open Verão, com uma cantora que promete conquistar completamente o público GLS, além de festas fora da The Hall, que prometem marcar o verão baiano e os corações do público.