Prática de exercícios promove benefícios para mulher na menopausa
Se é consenso que a prática da atividade física regular promove saúde e qualidade de vida para pessoas de todas as idades, no caso das mulheres com mais de 50 anos, quando a queda de produção de hormônios marca a entrada na menopausa, os exercícios ganham ainda mais importância. De acordo com o ginecologista Airton Ribeiro, diretor médico da CAM, a atividade física na menopausa traz benefícios para a saúde física e mental e deve ser incorporada ao dia a dia da mulher madura para garantir mais saúde e qualidade de vida.
A atividade física, especialmente a corrida, a caminhada e os treinos musculação, ajuda na prevenção da osteoporose, uma vez que fortalece a estrutura óssea e muscular, reduzindo o risco de lesões e fraturas. “A diminuição da densidade mineral óssea é decorrente da queda de hormônios estrogênios e a atividade física é fundamental para melhorar essa condição e reduzir seus riscos”, esclarece Airton Ribeiro.
Outro benefício importante é o controle do estresse, da ansiedade e da depressão, assim como a prevenção do declínio cognitivo. “A atividade física é fundamental para a saúde mental, pois estimula a produção e liberação de hormônios como a endorfina, a dopamina e a serotonina, que vão promover bem-estar, relaxamento, melhora do humor, motivação e alívio do estresse e da ansiedade”, afirma Airton Ribeiro. “É um remédio natural para depressão”, complementa.
A tendência ao ganho de peso, a perda de massa muscular e o acúmulo de gordura abdominal são comuns na menopausa e a atividade física, aliada a uma alimentação equilibrada, é fundamental para que a mulher se mantenha no peso adequado e saudável, evitando outras complicações que podem surgir com o excesso de peso e o sedentarismo, como as doenças cardiovasculares.
De acordo com o especialista, os benefícios de se exercitar após os 50 anos de idade são incontáveis e vão da regulação do humor ao sono. “A atividade física melhora a capacidade cardíaca, traz equilíbrio e saúde mental, promove a autoestima e a libido, e também regula o sono”, afirma o médico.
Menopausa
Caracterizada pelo período da vida da mulher em que os ciclos menstruais cessam em definitivo e os ovários deixam de produzir os hormônios reprodutivos como a progesterona, o estrogênio e a testosterona, a menopausa acontece, geralmente, entre os 49 e os 55 anos de idade. “Ao ficar por doze meses seguidos sem menstruar, considera-se que a mulher entrou na menopausa”, explica Airton Ribeiro.
Durante o climatério, fase de transição que antecede a menopausa e o fim da capacidade reprodutiva da mulher, é comum ciclos menstruais irregulares e espaçados, e outros efeitos indesejáveis, como ondas de calor, suor noturno, insônia, falta de concentração, falhas na memória, diminuição da libido e até depressão.
“Menopausa não é doença, faz parte do envelhecimento natural da mulher. É uma nova fase da vida e a atividade física realizada regularmente pode ser benéfica para melhorar a condição geral da mulher”, afirma Airton Ribeiro.
“Ao notar esses efeitos, a mulher deve buscar seu ginecologista para o devido acompanhamento. A terapia de reposição hormonal, quando indicada, e os hábitos de vida, como a atividade física e uma alimentação equilibrada, fazem toda diferença para qualidade de vida da mulher após os 50 anos de idade”, destaca. “Há casos de pacientes que se cuidam e passam a ter até mais disposição e vitalidade”, finaliza o médico.