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PM atualiza sistema e sargento trans de SC terá documentos alterados para voltar a trabalhar nas ruas, após 11 meses de espera

Primeira mulher trans da PM de Santa Catarina luta por reconhecimento — Foto: Priscila Diana/Arquivo Pessoal

A primeira policial mulher transexual da Polícia Militar de Santa Catarina, Priscila Diana Braz e Silva, de 43 anos, teve os dados cadastrais da corporação atualizados na tarde desta segunda-feira (22). A nova identidade funcional será feita, segundo a agente, na terça-feira (23), quando ela viajará a Florianópolis para realizar os trâmites. A sargento aguardava há 11 meses pelo cumprimento total de uma determinação judicial para modificar suas credenciais profissionais.

A sargento informou que viu a mudança assim que abriu o sistema interno da corporação nesta segunda. Ao ligar para o departamento de Gestão de Recursos Humanos, Priscila recebeu a confirmação da alteração e a informação sobre a elaboração de sua nova identidade funcional. A assessoria da PM também confirmou a mudança.

Contente, a policial informou que deve viajar durante a madrugada desta terça-feira para Florianópolis, onde, pela manhã, terá sua documentação encaminhada. A PM não informou o prazo para a emissão dos documentos físicos.

Comprometida com o cargo que atua hoje, Priscila afirma que deve seguir, por enquanto, na área administrativa até que consiga treinar alguém para ocupar seu lugar.

Para quem enfrenta o mesmo problema ou algum parecido, a policial aconselha que “não desista. Lute e não tenha medo. Não podemos nos deixar dominar pelo medo. Devemos entrar em contato e fortalecer entidades que representam a nossas lutas. [Isso] é fundamental”, concluiu.

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