Ícone do site Dois Terços

Os desafios da promoção da igualdade de gênero e o avanço da IA

Rodrigo Tordim/Divulgação
Raissa Florence, sócia-fundadora e CMO Korú

No mercado de trabalho, as mulheres são as mais expostas pela inteligência artificial (IA), pois muitos cargos que serão substituídos, em sua maioria, são ocupados por elas. “Embora a disparidade entre homens e mulheres quanto à participação da força de trabalho esteja diminuindo, o progresso das carreiras segue desigual”, afirma Raissa Florence, Co-fundadora e Diretora de Marketing e Vendas na Koru. O último relatório da UNESCO que examina os efeitos do uso da IA na carreira profissional e nos ambientes de trabalho das mulheres diz que, “geralmente, as mulheres ganham menos, ocupam menos cargos superiores e tendem a ter empregos mais precários, além de passarem mais tempo realizando trabalhos não remunerados de cuidados de crianças e idosos e de atividades domésticas, por exemplo, e participam menos das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática”.

Nesse contexto, outro agravante é que o investimento em diversidade e inclusão caiu 41% este ano devido à contenção de custos por parte das empresas, segundo levantamento do Glassdoor, site de vagas e avaliações americano. “O mercado derreteu do segundo semestre de 2022 pra cá e os grupos minorizados são os mais prejudicados quando isso acontece”, comenta Daniel Spolaor, CEO da Koru.

No entanto, o futuro desse cenário não precisa ser, necessariamente, negativo para elas. Para melhorá-lo, é importante saber aproveitar o poder da IA para diminuir as diferenças de igualdade de gênero e impedir que elas se perpetuem ou, pior ainda, aumentem. De acordo com os especialistas da Korú, polo de conhecimento para o aprimoramento de carreiras, o caminho para isso passa por alguns pontos fundamentais:

Vale ressaltar que, embora haja avanço acelerado das inovações em Inteligência Artificial, a equidade continua a passos lentos. “Não podemos mais deixar as transformações nas mãos de políticas públicas, é vital o envolvimento de empresas e iniciativas que façam a diferença. IA tem o poder de reduzir a desigualdade, em vez de aumentar, mas para isso o esforço deve ser coletivo”, pontua Raissa Florence. 

Na Korú, atualização profissional, diversidade e oportunidade são elementos complementares. Os fundadores do polo de conhecimento para o aprimoramento de carreiras acreditam que o futuro de uma sociedade sustentável está na integração entre os grupos minorizados e as empresas e hoje tem como clientes companhias do porte de Ambev, IFood, Sinch, Votorantim, Alpargatas e Luxxotica. Entre os trabalhos desenvolvidos, a Koru oferece oportunidades de estudo e conexão com empresas parceiras, tendo distribuído mais de R$ 1 milhão em bolsas de estudo desde então.

Sair da versão mobile