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Obra cênica audiovisual celebra o teatro da Bahia através da memória de Paulo Henrique Alcântara, Lelo Filho, Rita Assemany e Jorge Alencar

Lelo Filho [Foto por Fábio Peixoto]

Quatro importantes artistas de diferentes contextos do teatro baiano foram convidados a responder à questão: qual obra você considera a mais emblemática da sua carreira? A partir das respostas de Paulo Henrique Alcântara, Lelo Filho, Rita Assemany e Jorge Alencar, costura-se o enredo de “Quanto custa uma memória?”, um trabalho cênico-audiovisual com roteiro de Leandro Santolli e Danilo Cairo, que também se unem no elenco às atrizes Marcia Andrade e Véu Pessoa para reviver os espetáculos escolhidos. Cenas das conversas com os homenageados e do processo criativo se somam ao próprio resultado da reencenação em vídeos, com direção de audiovisual de Igor Albergaria, que estreiam nos dias 29 de março, 1º, 5 e 8 de abril, sempre às 19h, no canal de YouTube do projeto: http://bit.ly/canalqcum.

“Nosso propósito foi de que os vídeos-espetáculos fossem inteiramente construídos a partir de uma relação ativa, em diálogo real com os artistas convidados. Uma dramaturgia que surge de memórias vivas e da importância da história do nosso teatro. Afinal de contas, quanto custa uma memória?”, resume Leandro Santolli, que ainda responde pela direção geral do projeto. “O teatro da Bahia é reconhecido pelos seus grandes nomes e criações. Um legado que foi e continua sendo criado, mesmo em tempos difíceis. Nós quisemos resgatar parte deste patrimônio não apenas como pesquisa, mas como fonte de inspiração e de emoção para uma experiência prática, revivida como obra, revisitada junto com os nossos próprios convidados, ampliando os seus significados e registrando a força de suas existências”, completa ele.

Se as obras foram tão significativas para os artistas, o que elas podem reverberar para o público hoje? Enquanto a saudade dos teatros é um sentimento que se faz obrigatório, como saciar esta falta? “Quanto custa uma memória?” chega para lembrar que história se escreve no presente, que as artes cênicas da Bahia resistem e persistem no tempo e que suas trajetórias merecem toda reverência.

O projeto “Quanto custa uma memória? História viva do teatro na Bahia” tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

EPISÓDIO 1: Paulo Henrique Alcântara

O dramaturgo, diretor e pesquisador Paulo Henrique Alcântara, também professor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), relembra dois espetáculos: “Fala comigo doce como a chuva”, escrito em 1953 pelo norte-americano Tennessee Williams (1911-1983) e remontado na Bahia em 1996, sendo sua estreia como diretor e reunindo os atores João Miguel e Evelin Buchegger; e “Lábios que beijei”, de 1998, a primeira obra de sua autoria, que fora protagonizada por Nilda Spencer e Wilson Mello.

EPISÓDIO 2: Lelo Filho

O ator, produtor, diretor e autor Lelo Filho é criador da Cia. Baiana de Patifaria, em atividade desde 1987 e um dos grandes fenômenos do teatro da Bahia. Da trajetória que tem a comédia como meio de produção de uma dramaturgia crítica, ele surpreende na escolha e resgata a memória de “Rasga coração”, peça escrita por Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974) e proibida pela ditadura militar, que ele encenou, em 1982, no teste do IV Curso Livre de Teatro do Teatro Castro Alves.

EPISÓDIO 3: Rita Assemany

A atriz e diretora Rita Assemany, de seus 40 anos de carreira e interpretações premiadas em teatro e cinema, rememora duas obras, ambas de sua grande parceira Aninha Franco: “Dendê e dengo” (1990), que percorre a história da Bahia, e a comédia dramática “Oficina condensada” (1992), um dos maiores sucesso do teatro baiano, que permaneceu em trajetória durante uma década.

EPISÓDIO 4: Jorge Alencar

Criador multilinguagem, Jorge Alencar é diretor do mais recente Melhor Espetáculo do Prêmio Braskem de Teatro – “Vermelho Melodrama” (2019) – e membro-fundador da Dimenti Produções Culturais. De seu repertório, ele aponta “Um corpo que causa”, estreado em 2011, em que assina direção e performance: um ato coreomusical, misto de cabaret, palestra e karaokê, que ativa questões sobre sexualidades.

Quanto custa uma memória?

História viva do teatro na Bahia

Direção geral: Leandro Santolli

Direção de produção: Danilo Cairo

Direção de audiovisual: Igor Albergaria

Roteiro: Leandro Santolli e Danilo Cairo

Convidados: Jorge Alencar, Lelo Filho, Paulo Henrique Alcântara e Rita Assemany

Elenco: Danilo Cairo, Leandro Santolli, Marcia Andrade e Véu Pessoa

Iluminação: Maria Carla

Figurino: Giovana Boliveira

Edição: Bruno Ruas

Assessoria de comunicação: Marcatexto

Design: Anderson Falcão (AF Design)

www.instagram.com/memoriavivabahia

Programação

Episódio 1: Paulo Henrique Alcântara

Estreia: 29 de março (segunda-feira), 19h

Episódio 2: Lelo Filho

Estreia: 1º de abril (quinta-feira), 19h

Episódio 3: Rita Assemany

Estreia: 5 de abril (segunda-feira), 19h

Episódio 4: Jorge Alencar

Estreia: 8 de abril (quinta-feira), 19h

Exibição gratuita pelo YouTube: http://bit.ly/canalqcum

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