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Museu na Flórida mostra linha do tempo do HIV na tentativa de educar os mais jovens

Redação,
20/10/2014 | 10h10

exposicao

“A AIDS não foi a primeira e não será a última epidemia, mas é a maior e a mais estigmatizada das epidemias”, é assim que Ed Sparan classifica a doença que tem sua história percorrida no World Aids Museum – que ele ajudou a fundar em 2011 na cidade de Fort Lauderdale, na Flórida. Uma linha do tempo didática marca momentos importantes da luta contra o vírus, tanto os avanços quanto os atrasos vindos de gente conservadora. Gente que, por exemplo, pensava que o HIV era transmissível pelo toque.

Uma das fotos históricas desse mural prova que não: o ícone gay Lady Di é fotografado em 1987 apertando a mão de um paciente com o vírus, quebrando protocolos e preconceitos. Capas de revistas com descobertas da medicina dividem espaço com assombrosos casos de preconceito contra soropositivos em uma época, infelizmente, não muito distante. Fatos como a eleição de Ronald Reagan, que acreditava não ser a epidemia um problema do governo.

“Acreditamos que quando as pessoas vêm aqui fazer uma visita saem mais sensibilizadas para lidar com o assunto. Mesmo quem não tem AIDS ao vir aqui fica sabendo de coisas novas e isso ajuda a entender quem tem o HIV. Estamos fazendo o nosso melhor, mas as pessoas ainda estão se infectando. É preciso continuar esse trabalho.” Uma das apostas para essa continuidade é ensinar os mais jovens.

O Museu está fazendo uma série de vídeos de cinco a sete minutos onde as pessoas soropositivas dividem suas experiências de vida com o vírus. Ed acredita que “precisamos registrar essa história para servirem como educadoras para os mais jovens, que não viveram a fase negra da AIDS”.