Saúde

Ministério da Saúde reforça ações de combate à sífilis e mira na eliminação da doença até 2030

Genilson Coutinho,
11/10/2024 | 16h10

Em entrevista ao Podcast Papo Saúde, Pâmela Gaspar, coordenadora-geral de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), destacou os esforços do Brasil para combater a sífilis, com especial atenção à sífilis congênita. Segundo Pâmela, o uso de preservativos e a testagem durante o pré-natal são cruciais para evitar a transmissão da doença, que pode causar complicações graves para o bebê, além de aborto ou morte neonatal.

“A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum, e sua prevenção é possível por meio do uso de preservativos e da testagem periódica, especialmente em populações mais vulneráveis”, explicou. A transmissão pode ocorrer de forma sexual ou vertical, quando a mãe infectada transmite a doença para o bebê durante a gestação ou no parto.

Em outubro, durante o Mês de Combate à Sífilis, o Ministério da Saúde promove diversas ações, com campanhas de conscientização e mobilização. Pâmela ressalta a importância do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, comemorado no terceiro sábado de outubro, como uma oportunidade de discutir o tema e reforçar as ações de prevenção.

O ministério está comprometido em eliminar a sífilis congênita até 2030, e, para isso, lançou a certificação de municípios e estados que alcançam boas práticas de combate à doença. “Hoje, já temos 48 municípios certificados, e esperamos que esse número cresça até o final do ano. O engajamento de todos, desde a sociedade civil até as autoridades locais, é fundamental para atingirmos a meta”, concluiu Pâmela.

As estratégias incluem o fortalecimento do programa Brasil Saudável, que visa eliminar doenças socialmente determinadas, como a sífilis congênita, até 2030.