Notícias

Meu namorado está no Grindr e agora?

Genilson Coutinho,
06/07/2016 | 16h07

O nosso editor lançou na manhã desta terça-feira (5), em grupos do aplicativo Whatsapp uma enquete com a  seguinte pergunta: “O que você faria se recebesse uma foto do seu namorado no Grindr?” A turma não pensou duas vezes e diversas hipóteses foram debatidas nos grupos, alguns levaram na esportiva enquanto outros afirmaram que jamais aceitariam esse tipo de situação. Muitos afirmaram achar normal explicando que fidelidade seria algo distante, outros salientaram que só a existência do aplicativo no celular do parceiro já seria motivo para não se relacionar e houve também os criativos, que falaram na possibilidade do aplicativo apimentar a relação. “Usaria isso a nosso favor, como fetiche para animar a relação. Me passaria por outra pessoa para ir fazer amor com ele, como se ele fosse realmente outra pessoa também”, afirmou um dos participantes.

Porém, a grande maioria assegurou que não aceitaria esse tipo de situação e pontuaram que é preciso escolher entre namoro sério ou aplicativo. E salientam, “Óbvio que muitos em algum momento já usaram, e isso não é e nunca será problema. Mas a partir do momento que está comigo deve esquecer esses aplicativos”, escreveu outro membro do grupo. Entre contra e a favor, muitos fizeram uma reflexão sobre o assunto e sinalizaram que depende muito do casal e do tipo de relação, afirmaram não julgar, mas que também não buscavam esse tipo de relacionamento amoroso.

Para esquentar o debate veja o que pensa a psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, autora do recém-lançado O Livro do Amor. “Ninguém deveria se preocupar se o parceiro transa com outra pessoa”, diz psicanalista. Você sente calafrios só de pensar que não tem domínio sobre a vida sexual do seu parceiro ou parceira? Segundo a psicanalista e escritora, acreditar que é possível controlar o desejo de alguém é apenas uma das mentiras do amor romântico. A exclusividade sexual é a grande preocupação de homens e mulheres. Mas ninguém deveria se preocupar se o parceiro transa com outra pessoa. Homens e mulheres só deveriam se preocupar em responder a duas perguntas: Sinto-me amado(a)? Sinto-me desejado(a)? Se a resposta for “sim” para as duas, o que o outro faz quando não está comigo não me diz respeito. Sem dúvida as pessoas viveriam bem mais satisfeitas.

E você, o que faria?