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Justiça iraniana condena duas ativistas LGBTQIA+ à morte por ‘corrupção na Terra’

Zahra Sedighi-Hamadani, de 31 anos, foi condenada à morte no Irã Reprodução/Twitter

Duas ativistas LGBTQIA+ iranianas foram condenados à morte nesta terça-feira pela Justiça do país. Zahra Sedighi-Hamadani, de 31 anos, e Elham Chobdar, de 24, receberam a sentença após serem acusadas de “corrupção na Terra”. Entidades de direitos humanos protestaram contra a decisão judicial.

A dupla de ativistas também respondeu criminalmente por “espalhar” a homossexualidade, propagar o cristianismo, tráfico de mulheres jovens e fazer contato com a “mídia estrangeira hostil”. A informação sobre a condenação foi confirmada pela Irna, a agência de notícias estatal do Irã.

Em nota, a Anistia Internacional disse nesta terça-feira que recebeu “indignada” as sentenças. A entidade também pediu que as autoridades iranianas “anulem imediatamente as condenações e sentenças de morte” e libertem as duas acusadas.

— Isso é o que o Irã sempre fez com a comunidade LGBT— disse Soma Rostami, do grupo de defesa Hengaw, em entrevista ao jornal The Independent. — Tanto Zahra quanto Elham são ativistas LGBT. Enquanto puder, [o Irã] reprimirá os indivíduos LGBT e garantirá que eles não tenham voz no exterior — acrescentou.

As duas acusadas vão recorrer da decisão na Suprema Corte do Irã.

Do O Globo

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