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Implante PrEP deve ser nova alternativa na prevenção contra HIV

Genilson Coutinho,
03/07/2023 | 11h07
Foto: Reprodução

Pesquisas já estão em andamento e buscam novos meios de prevenir a infecção pelo HIV. A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) é uma dessas formas e, atualmente, consiste em tomar um comprimido diário ou uma injeção, que protegem o organismo contra o possível contato com o vírus. No entanto, uma nova abordagem quer tornar a prevenção ainda mais simples: um implante recarregável que protegeria o paciente por 20 meses.

Prevenção contra HIV

  • A PrEP existe desde 2010 e reduz o risco de uma pessoa ser infectada pelo HIV em até 99%;
  • Porém, uma pesquisa quis achar uma maneira mais cômoda de administrar esses antirretrovirais, visando beneficiar aqueles que têm dificuldades em tomar medicamentos diariamente;
  • Isso porque, segundo o presidente do Departamento de Nanomedicina do Houston, Alessandro Grattoni, muitos pacientes não tomam as pílulas todos os dias simplesmente por se esquecerem, ou o fazem fora do horário programado;
  • A única outra forma de realizar a terapia de prevenção atualmente seria através de injeções, que normalmente têm reação e afastam as pessoas;
  • Para ele, uma saída simples seria um implante.

Testes para o implante 

  • De acordo com Grattoni, o implante solucionaria todos esses problemas e foi testado em quatro macacos machos durante 20 meses;
  • Para isso, ele e sua equipe colocam os dispositivos, projetados contra vazamentos e rupturas, logo abaixo da pele;
  • Dentro deles, há espaço para o medicamento antirretroviral, administrado lentamente ao longo desses 20 meses;
  • Eles obtiveram sucesso e descobriram que os medicamentos se concentraram na corrente sanguínea da maneira planejada;
  • Depois, eles realizaram testes retais e vaginais com os macacos com implante e outros que não o tinham – e descobriram que os animais com o dispositivo estavam totalmente protegidos contra o HIV.

Próximos passos na prevenção do HIV

Agora, os próximos passos da pesquisa consistem em determinar se o implante é eficaz nas diferentes vias de infecção pelo HIV e em diferentes pessoas, como usuários de drogas injetáveis.

No entanto, o sucesso em macacos não garante que a descoberta também vale para os humanos. Segundo Grattoni, ele e sua equipe estão se preparando para iniciar essa nova fase dos testes.

Se tudo correr bem, ele estima que os implantes podem estar disponíveis em cinco anos.

*As informações são do Olhar Digital.