III Festival de Maragogipinho inicia nesta sexta-feira (14) com lançamento do Catálogo ‘Biojoias Maragogipinho”
O III Festival da Cerâmica de Maragogipinho iniciou nesta sexta-feira (14) com uma programação diversificada, incluindo o lançamento das biojoias produzidas pela artesãs de Maragogipinho que agora podem ser conhecidas e adquiridas a partir do lançamento do catálogo ‘Biojoias Maragogipinho’. O festival acontece entre os dias 14 e 16 de novembro, no pólo ceramista localizado no município de Aratuípe.
A versão digital do catálogo poderá ser baixada nas páginas da Setre (www.setre.ba.gov.br) e do Artesanato da Bahia (www.artesanatodabahia.com.br) após o lançamento oficial. Pedidos de biojoias podem ser realizados através do e-mail contato@iaoonire.org.br.
A publicação é um ensaio fotográfico de 35 páginas com modelo exibindo 30 peças produzidas em cerâmica e palha desenvolvidas por 32 artesãs. As biojoias foram elaboradas a partir de parceria entre a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), por meio do Artesanato da Bahia, com a marca de moda Meninos Rei (MR). Os acessórios compuseram os looks do defile da MR durante a São Paulo Fashion Week (SPFW), em outubro.
São colares, brincos, pulseiras, bolsas, leques e adornos para cabelo produzidos em cerâmica com uso das tinturas naturais de Tauá e Tabatinga e queima em fornos tradicionais, características do artesanato da região.
O sucesso dos adornos artesanais no evento de moda foi tanto que pedidos para aquisição das biojoias por lojistas, produção de TVs e consumidor final se tornaram constantes, o que motivou a confecção do catálogo.
Visibilidade – “O desenvolvimento e elaboração do catálogo de biojoias de Maragogipinho é uma resposta ao mercado para suprirmos a demanda dos pedidos e encomendas que já começaram durante o desfile da Meninos Rei na SPFW, com as peças produzidas por nossas artesãs. Além disso, o catálogo também amplia a visibilidade e possibilita que o projeto e as peças cheguem a mais pessoas e consequentemente ampliem a geração de trabalho e renda para essas mulheres”, explica Antonioni Afonso, coordenador do projeto de qualificação “Artesanato da Bahia: Tradição, Ancestralidade e Renda”, executado pela Associação Beneficente Ilê Axé Ojú Onirê.
A ação é fruto do chamamento público da Setre nº 014/2024 que buscou dar protagonismo às mulheres de Maragogipinho que, até então, não se destacavam na produção do artesanato local.
O secretário da Setre, Augusto Vasconcelos, disse que a política pública para o artesanato é entendida para além da expressão estética, mas como trabalho, identidade cultural e economia viva. Além de ser instrumento de emancipação, especialmente para as mulheres.
“O impacto dessa experiência ultrapassa o campo simbólico: gera visibilidade, renda e autonomia. As artesãs, que historicamente ocupavam posições secundárias nas olarias em um ofício dominado por homens, conquistam agora o centro da criação, expressando a força e a ancestralidade feminina que moldam a cultura do Recôncavo”, diz Vasconcelos.
A produção do catálogo é resultado de parceria da Setre, via Artesanato da Bahia, com a Associação Beneficente Ilê Axé Oju Onirê, Prefeitura de Aratuípe e da Associação de Auxílio Mútuo dos Oleiros de Maragogipinho (AMOM).
Serviço
Lançamento do catálogo ‘Biojoias Maragogipinho’ no III Festival da Cerâmica de Maragogipinho
14/11 | 15h
Praça Central de Maragopinho (Aratuípe)
