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Homens que praticam atividade física diminuem em 30% os riscos de desenvolver câncer de próstata

Uma doença exclusivamente masculina, o câncer de próstata é o segundo câncer mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Com estimativa de 68 mil novos casos apenas este ano, a doença que tem na idade – cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos-, no histórico familiar, na obesidade e na má alimentação seus principais fatores de risco, pode ter sua incidência reduzida em até 30% com a prática de exercícios físicos e alimentação saudável, é o que revelou uma pesquisa feita pelo Inca em parceria com o Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer (WCRF).

Mudar o hábito de vida, sair da zona de conforto ou ter forças mesmo cansado após uma rotina de trabalho, para incluir o exercício físico como uma rotina na semana não é fácil para muitas pessoas, principalmente para os “jovens maduros” que não tiveram experiências prévias com os exercícios. De acordo com o Dr. Marcelo Bonanza, médico da Jovial Clínica, Centro de Estudos da Fisiologia Hormonal, a prática regular de exercícios físicos, como a musculação e atividades aeróbicas, pode não somente ajudar a prevenir o aparecimento do câncer de próstata e contribuir para o ganho de massa muscular, força e capacidade funcional, como também beneficia os pacientes que se submetem à terapia de supressão hormonal, pós diagnóstico de câncer de próstata ou que realizam algum tipo de cirurgia de prostatectomia. “Por isso, como forma de prevenção ao surgimento do câncer de próstata e outros tipos de cânceres, aconselhamos aos homens que evitem o sedentarismo”.

Exercícios físicos mais vigorosos, a exemplo do tênis, da natação, da corrida e da musculação são, segundo o educador físico Igor Castro, coordenador geral da Rede de Academias Alpha Fitness, os mais indicados para combater este tipo de doença. Mas, se a atividade fizer parte da recuperação pós-cirúrgica ela deve ser iniciada a partir do primeiro mês com exercícios mais suaves, como as caminhadas longas. “Nesta fase devem ser evitados exercícios mais exaustivos, como por exemplo, flexões abdominais, jogo de tênis, de futebol, cavalgadas, bicicleta, natação ou ginástica, entre outras atividades que impliquem em esforço muscular mais acentuado. Estas atividades podem ser reiniciadas depois de três meses da cirurgia, momento em que o paciente deixa de ter qualquer restrição física”, orienta o educador físico.

 

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