Na próxima terça (27 de agosto), às 19h, a Sala Contemporânea do Palacete das Artes recebe a exposição “O Gênio dos Gênios”, que homenageia os 500 anos da morte do mais criativo artista e cientista que a humanidade conheceu – Leonardo Da Vinci. De autoria do engenheiro e artesão Thales de Azevedo Filho, a mostra é composta por cerca de 60 obras, entre maquetes, reproduções de pintura e de anatomia, além de uma “linha do tempo” de Da Vinci, e uma instalação de um Anemômetro de tubos cônicos (o modelo possui dois dutos cônicos com raios de aberturas diferentes, capaz de medir a intensidade do vento). Trata-se de um convite à observação e à experimentação na arte de criar um mundo novo com a imaginação e com as próprias mãos.
Thales de Azevedo Filho pontua que os inventos desenvolvidos por Leonardo da Vinci é um grande estímulo na formação dos jovens, onde fazer ciência é também observar e criar, em um processo intuitivo e não dedutivo, como faziam os gregos, que não criava conhecimento comprovado na prática. “Esta é uma excelente oportunidade, que observando os modelos, vão entender os seus fundamentos. Quem não conhece os princípios dificilmente irá entender as demais partes, os meios e os fins. Não existe limite de idade para vivenciar tantos experimentos e criações deste que foi sem dúvida o “Gênio dos Gênios”. Esta mostra é única no Brasil e a Bahia saiu na frente na construção dos modelos para as comemorações dos 500 anos de morte de Leonardo da Vinci. Assim não será necessário viajar à Itália para conhecer parte da sua fantástica obra e arte”.
O gênio dos gênios Leonardo nasceu em 15 de abril de 1452 em Vinci, perto de Florença, Itália, e morreu em 05 de maio de 1519 em Ambroise, França. Recebeu o nome de Leonardo Di Ser Pietro Da Vinci, quando ainda não se adotava sobrenomes de família e sim do lugar de origem da criança. Filho bastardo de um tabelião, Pietro Antônio, e de uma camponesa, Catherina, não frequentou a escola convencional, tornando-se um grande observador, desenvolvendo o aprendizado intuitivo e não dedutivo, que não criava conhecimentos comprovados na prática. Por isso se intitulava “discípulo da experimentação e da experiência”. Seu maior legado foi nos estudos de anatomia, onde produziu mais de 13 mil anotações. O seu maior biógrafo, Walter Issacson, diz que “ele sabia que a arte é uma ciência e que a ciência é uma arte”.
Até o dia 27 de setembro, o público terá acesso a maquetes que retratam invenções como o parafuso aéreo, asa articulada, paraquedas, asa delta, rolamento tipo rolimã, armazenador de energia, engrenagem lanterna,mecanismo helicoidal, caixa de marcha, bate estaca, alicate, martelo de cames, macaco, máquina elevatória, navio com pás, boia, escafandro, stand up, caçamba d’água, canhão, roldanas, projetor; além de instrumentos de medição como relógio noturno, anemômetro de cubos cônicos, higrômetro e peças de Arquitetura como escada do castelo de Chambord e a ponte estaiada.
A museóloga Eulâmpia Reiber destaca que Leonardo Da Vinci foi uma das figuras mais versáteis de sua época, enquanto mestre da pintura, engenheiro, arquiteto, escultor, urbanista, mecânico, cartógrafo, botânico, físico, fisiólogo e químico. “Da Vinci deixou àquelas e às futuras gerações grandes inventos, invenções e uma extraordinária gama de conhecimentos inovadores e de saberes pela força da sua genialidade que fizeram dele o precursor da aviação, da hidráulica e da balística; o inventor do escafandro e do paraquedas; e, sobretudo, o sempre aclamado pintor da mais célebre obra de arte ocidental de todos os tempos: a Monalisa”.
De acordo com o professor e arquiteto Paulo Ormindo de Azevedo, Leonardo utilizou o desenho menos como documentação do que como projetação de máquinas simples e aparelhos para melhor caminhar, navegar, mergulhar, voar e guerrear. “Seus desenhos eram tão cientificamente corretos e inovadores que só seriam realizados alguns séculos depois.Nesta exposição, o também engenheiro Thales de Azevedo Filho, apaixonado pela obra de Leonardo, dá a terceira dimensão, o movimento e vida a seus desenhos para mostrar aos jovens baianos que a educação se faz com experiências vividas e não com palavras, palavras e palavras…”, complementa.
É exatamente para ter essa experiência que Murilo Ribeiro, diretor do Palacete das Artes, espera contar com as presenças da comunidade baiana e turistas, durante a mostra. “Além de estudantes das redes pública e particular de ensino, todos estão convidados a conhecer e desfrutar desses brilhantes estudos, e saber mais sobre a vida e obra do gênio Leonardo Da Vinci, que foi a criatura mais extraordinária de todos tempos e inovador em diversas áreas do conhecimento”.
O Palacete das Artes é um equipamento vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC)/Secretaria de Cultura/Estado da Bahia. Funciona de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. Mais informações no tel. 71 3117 6987.
SERVIÇO
Exposição “O Gênio dos Gênios – Leonardo Da Vinci”, de Thales de Azevedo Filho
Abertura: 27 de agosto, às 19h
Sala Contemporânea do Palacete das Artes
Rua da Graça, 284
Assessoria de Comunicação: Cleide Nunes
Contato: 71 99974 5858/71 3117 6987