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Edital Natura Musical anuncia os 30 projetos contemplados

Foto: Reprodução/ Natura

 Quinze artistas, 8 festivais e 7 coletivos serão patrocinados pela plataforma Natura Musical em 2023. São 30 projetos que compõem um panorama diverso de gêneros musicais e linguagens em trabalhos individuais e coletivos. Os selecionados formam um conjunto de iniciativas que reúnem artistas em diversos estágios de carreira, mas que, em comum, têm o compromisso de contribuir para uma cena musical pulsante, visibilizar narrativas e construir novos imaginários.

Entre as iniciativas selecionadas as novas vozes femininas da efervescente cena R&B; a potência da música autoral negra; a renovação e celebração da música de tambor; e a inovação da música eletrônica periférica em estilos como house e drum’n’bass. Na região Amazônica, jovens artistas mostram o frescor da cena pop tropical; o rap e a cultura hip hop são representados em vertentes que vão da música autoral originária ao grime. Todos os projetos foram incentivados a contemplar experiências ao vivo – peça fundamental nessa retomada de atividades após o período de pandemia, para movimentar a economia da cultura, promover a circulação dos recursos, formar e expandir plateias.

“Para nós, o edital é um momento importante do ano para nos conectarmos com diferentes perspectivas e experiências, além de renovar nosso olhar sobre a cena musical. Nosso desafio ao fomentar a música é alimentar uma rede que está criando novos imaginários, novas referências, novas linguagens, a partir de uma arte que aproxima as pessoas e cria conexões a partir das emoções. Essa é uma ferramenta potente para uma marca que tem a ambição de promover transformações individuais e coletivas e deixar um impacto positivo no mundo”, explica Fernanda Paiva, head de cultural branding.

Inaugurando a nova categoria Música Brasileira na América Latina, que patrocina artistas que desejam expandir suas conexões com a cena cultural latino-americana, a cantora Brisa Flow apresenta o projeto Abya Yala em Trânsito. Ela fará uma turnê inédita com passagens pelo México, Chile e Bolívia, em shows com participação de nomes proeminentes da cena musical de cada um dos países.

“Investir em música é um dos caminhos para a construção da marca Natura. A música é uma ferramenta potente para nos aproximar das pessoas reconhecendo os diferentes contextos culturais. Além do intercâmbio cultural, a nova categoria acompanha a expansão de Natura Musical para países como Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru”, ressalta Fernanda. “E não há artista mais emblemática do que Brisa Flow, uma mulher originária ameríndia, que canta sobre a desigualdade social na Abya Yala (como ela se refere à América Latina) para representar a nova categoria”, acrescenta.

O programa vai distribuir R$ 6 milhões em fomento para os projetos selecionados, sendo R$ 2 milhões para projetos em âmbito nacional e de conexões com outros países, R$ 1 milhão para Minas Gerais (via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais – LEIC), R$ 1 milhão para Bahia (via Lei FazCultura), R$ 1 milhão para o Pará (via Lei Semear) e R$ 1 milhão para o Rio Grande do Sul (via Lei Pró-Cultura). Novamente, a Natura Musical renovou seu compromisso com a região Amazônica, com investimentos de 20% da verba do Edital Nacional voltados para iniciativas na região, além do R$ 1 milhão destinado ao Pará com a Lei Semear.

A curadoria e o processo de seleção

Os 30 projetos foram selecionados entre 2500 inscritos por meio da curadoria de 21 profissionais do mercado da economia criativa. São artistas, jornalistas, produtores, ativistas, empreendedores culturais, representantes de festivais e outros players do mercado. Os projetos passam por múltiplas rodadas de avaliações individuais e coletivas, até a recomendação final do grupo de curadores.

“A escolha da cesta final de projetos é sempre uma composição bastante complexa porque envolve múltiplos fatores. No estágio final da discussão com os curadores, os projetos são todos tecnicamente com alto potencial e buscamos uma diversidade de gêneros, estágios de carreira, naturezas de projeto e também essa intenção de contemplar geograficamente os territórios.”, completa Fernanda.

Participam do grupo de curadores: B.art (RS), artista e produtora; Billy Saga (SP), rapper e especialista em diversidade e inclusão; Carol Tucuju (AP), antropóloga e DJ;  Chico Correa (BA/PB), produtor musical; DJ Donna (DF), DJ e produtora; Eric Terena (MS), DJ e ativista; Fatini Forbeck (MG), pesquisadora, comunicadora, articuladora e produtora cultural; Gean Ramos Pankararu (PE), artivista indígena e articulador cultural; Keké Bandeira (PA), poeta, produtora audiovisual e ativista PCD; Laura Damasceno (MG), jornalista e curadora; Marcelo Castello Branco (RJ), executivo do mercado musical e do Grammy Latino; Monique Lemos (BA/SP), antropóloga, pesquisadora e empresária; Naila Agostinho (RJ), especialista de estratégias digitais Sony Music; Navalha Carrera (RJ),  produtora musical e guitarrista; Raquel Virgínia (SP), artista e empresária; Rico Dalasam (SP), rapper; Titi Piccoli (RS), produtor cultural; Ubunto (BA), produtor musical; Victor Xamã (AM), artista, Zeca Camargo (SP), jornalista e apresentador e Zek Picoteiro (PA), produtor cultural e DJ.

O que vem por aí

Em 2023, a musicalidade de artistas representantes da cultura hip-hop, naturalmente engajados em pautas como a luta antirracista e a igualdade social, são destaques do Edital. Com a turnê Abya Yala em TrânsitoBrisa Flow leva as rimas de Janequeo, terceiro álbum de sua carreira, para uma excursão com shows marcados por encontros com nomes como Kantupac e Mare Advertencia Lirika.

De São Paulo, a rapper Stefanie lançaBUMNI, primeiro disco de estúdio em 18 anos de carreiraNo Rio Grande do Sul, o Festival OBronx,de Porto Alegre, e o Gfilms Rap Festival, de Pelotas, fomentam a cultura preta periférica com shows, batalha de MCs, workshops de produção musical, aulas de dança e oficinas de grafite e stencil.

Entre nomes que estão projetando e consolidando suas carreiras, o destaque fica por conta de três jovens artistas representantes da efervescente cena R&B brasileira. Dona de uma voz potente e marcante, a baiana Melly lança seu primeiro álbum de estúdio, sucessor do elogiado EP Azul (2021), com participações de Luedji Luna e Lazzo Matumbi; cria da periferia de Belo Horizonte, a multiartista Paige trabalha em um disco inédito que conta com parcerias de Tasha & Tracie e Urias; com raízes e frutos em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, Sued Nunes tem no tambor e na religiosidade um guia para sua música, que ganha registro em seu segundo trabalho autoral inédito.

A potência da música negra produzida por mulheres também vem representada por Natania Borges, artista baseada em Uberlândia, que pauta seu trabalho nas vivências de corpos marginalizados ao unir música, audiovisual e performance; enquanto o grupo gaúcho Ialodê celebra a trajetória das artistas negras Nina Fola, Glau Barros, Marietti Fialho e Loma, em turnê pelo interior do estado. Em Salvador, a 1ª edição do Festival Frequências Preciosas reúne um line-up inteiramente composto por artistas e bandas formadas por mulheres negras e indígenas.

De Porto Alegre, o duo 50 Tons de Preta apresenta o disco Tira o teu Racismo do Caminho, que trata de temas como a igualdade de gênero e racial; enquanto a orquestra baiana DecoloniSate, formada por percussionistas negras, convida mulheres indígenas da América Latina para a gravação de um disco com intercâmbio entre artistas do Brasil, do Chile e do Peru.

Em sua 16ª edição, o Festival Latinidades, que acontece no Distrito Federal, privilegia a produção musical de mulheres negras, com três dias de apresentações musicais, conferência e programa de formação; a vida da rainha angolana N’zinga Mbandi é contada a partir do ponto de vista dos sobreviventes da diáspora africana em uma obra musical e cinematográfica produzida capitaneada pelo rapper Samora N’zinga.

Dois nomes consagrados foram reverenciados pela curadoria e lançarão novos projetos: Luiza Hellena, cantora negra gaúcha com mais de 50 anos de carreira, se reúne com a escola de samba Velha Guarda da Praiana para gravação de um disco inédito; o mestre e músico Gabi Guedes, referência na música percussiva baiana, lança o álbum Matriarcas em parceria com o grupo Pradarrum.

A celebração da música de tambor também é destaque no Quilombo Groove, mostra de música que acontece no Quilombo do Curiaú, em Macapá, com vivências e oficinas sobre as Preces, Louvores e Batuques, música popular, tradicional e identitária local. Representante do jazz afro-mineiro, Jack Will leva para a estrada a turnê do álbum Black Buddah, no qualencontra sua ancestralidade através do ritmo gerado pelas batidas de seus tambores.

A descentralização da música eletrônica periférica é a tônica do grupo mineiro ruadois, formado por pessoas negras, periféricas e LGBTQIAP+, que lança um registro pautado em vertentes como o garage e o drum’n’bass; o primeiro disco de estúdio da DJ, artista, musicista multi-instrumental e produtora paulistana, Malka Julieta, batizado como Chão, passeia pelo pop, jazz brasileiro e o house de pista.

Iniciativas voltadas para a equidade e inclusão também ganharam espaço entre os contemplados. O Festival da Diversidade: Paulilo Paredão, focado no acesso à cultura e na visibilidade para artistas LGBTQIA+ periféricos através do pagodão, realiza cinco edições em bairros de Salvador e em cidades do Recôncavo Baiano. Em Belo Horizonte, o Festival de Música Doida promove uma cartografia de coletivos e compositores com sofrimento mental para participação em uma mostra inédita.

Com o objetivo de fomentar cenas e redes, o Circuito Manacaos impulsiona o trabalho de cinco artistas emergentes da cena manauara de diferentes vertentes sonoras: Luli Braga, D’água Negra, Kurt Sutil, Jambu e Guillerrrmo; enquanto o Festival Pá na Pedra, de Ribeirão das Neves, realiza sua 10ª edição com uma programação que reúne shows, networking de artistas, produtores e gestores culturais da região. Em Belém do Pará, o Festival Apoena chega à terceira edição focado na expansão da música paraense, além de realizar oficinas de produção cultural gratuitas para a comunidade periférica de Fátima/Matinha.

O resgate e o registro da música índígena do povo Kariri-Xocó, de Alagoas, será realizado por meio do disco Cantos Sagrados Kariri-Xocó, que mostra a sonoridade e a força do ritmo da comunidade. Paula Posada, produtora e DJ indígena, lança o álbum Flecha Envenenada, inspirado na produção de povos originários da região amazônica e caribenha.

Jovens artistas mostram o frescor da cena pop tropical da região Amazônica: AQNO,artista e produtor musical que vive com HIV há 7 anos, é reconhecido por uma sonoridade dançante que passa pelo brega paraense e pelo pop eletrônico contagiado por ritmos latinos. O marabaense trabalha no sucessor do Retorno de Saturno (2021)disco em que promete reunir colaborações com produtores, artistas, diretores, músicos e profissionais que também são PVHIV.

Multiartista queer em ascensão na cena pop amazônida, o santareno RAWI apresenta seu segundo disco, no qual busca uma sonoridade experimental, utilizando os instrumentos e o ritmo do carimbó como base, passando pelo pop tropical e muitas referências musicais do rock ao eletrônico. Também de Marabá, o projeto coletivo Caquiado visa gravar um álbum-coletânea com 10 artistas paraenses em ascensão composto por músicas autorais inéditas.

O anúncio do resultado do edital, marca os 17 anos da plataforma Natura Musical. Ao longo do ano todo, serão mais de 90 projetos ativos circulando em todas as regiões do país. Isso representa um grande potencial de novos álbuns (em geral, com o lançamento de em torno de 30 por ano) e outros produtos culturais (como livros e conteúdo audiovisual) e mais de 200 eventos, entre shows, festivais, mostras e atividades formativas.

Em São Paulo, temos a Casa Natura Musical, o espaço físico da plataforma, com uma programação anual que inclui toda essa cena contemplada, que é palco de diferentes ritmos, movimentos e artistas de todo Brasil, um equipamento cultural que promove reflexões com o público em busca de um mundo mais plural, inclusivo e sustentável, seja através de shows, eventos especiais, mostras de arte digital ou conteúdos nos seus canais de comunicação.

Ao mesmo tempo que consolida o nosso compromisso de fomento à música no Brasil, Natura Musical também começa a experimentar novas experiências musicais na América Latina. A Natura também estará pela segunda vez no Lollapalooza do Chile e da Argentina, por acreditar que os encontros que a música é capaz de promover têm uma potência de conexão, impacto e relevância cultural que transcende fronteiras.

Veja abaixo a lista de selecionados: 

EDITAL NACIONAL

Brisa Flow (São Paulo, SP)

Com o projeto “Brisa Flow: Abya Yala em Trânsito“, a cantora ameríndia irá circular por três países da América Latina com Janequeo (2022), terceiro álbum de sua carreira, que foi inspirado na história de Janequeo, grande guerreira indígena e que fala sobre amor, coragem e autonomia, misturando rap com outras vertentes eletrônicas e de raízes originárias.

Inaugurando a nova categoria América Latina, a turnê passará pela Bolívia, onde Brisa contará com a participação especial de Abi Llanque e abertura de Kantupac, além de documentar a cultura têxtil originária do país. No Chile, além do show, ela captará sonoridades da floresta Araucania, território Janequeo. No México, somam-se à Brisa os artistas Sodomita, Monna Brutal e Ian Wapichana. Já no Brasil, ela recebe em seu show a cantora mexicana Mare Advertencia Lirika. Todos os passos dessa turnê latino-americana serão registrados e virarão um documentário previsto para este ano.

Canto Sagrados Kariri-Xocó – Porto Real do Colégio, AL

Registro dos cantos das tribos Kariri e Xocó para manutenção da cultura viva, sua sonoridade e força de ritmo.

Circuito Manacaos – Manaus, AM
Luli Braga, D’água Negra, Kurt Sutil, Jambu e Guillerrrmo são projetos emergentes de diferentes vertentes sonoras que dialogam entre si e fortalecem o desenvolvimento do território artístico amazônida. Da união, nasce o Circuito Manacaos que tem como proposta fomentar a produção de artistas manauaras de diferentes estilos musicais e promover a integração de shows e movimentos coletivos, além de promover a formação de mulheres e trans no mercado de produção musical.

Festival Latinidades – Brasília, DF

A 16ª edição do Festival Latinidades irá privilegiar a produção musical de mulheres negras, com três dias de apresentações musicais, conferências, feira, debates e campanhas de equidade, além de programa de formação no mercado musical.

Malka Julieta – São Paulo, SP

Primeiro disco da DJ, artista, musicista multi-instrumental e produtora paulistana, Chão celebra a história musical de Malka por meio de uma reunião de artistas que fazem parte da sua trajetória. A ideia é trazer o mundo da música urbana e regional brasileira em um universo que passeia pelo pop, jazz brasileiro e house de pista, culminando em vozes cortando rimas de rap, baile funk, brega, swing e groove.

Quilombo Groove – Macapá, AP

Mostra de conteúdos artísticos e culturais com duração de sete dias no Quilombo do Curiaú (AP). Neste período serão realizadas vivências sobre o Batuque e o Marabaixo, oficina de percussão, rodas de conversas, degustação de gengibirra, intercâmbio com músicos e pesquisadores locais e encerramento com Rave Quilombola, enfatizando a música popular, tradicional e identitária do local, intitulada Preces, Louvores e Batuques.

Stefanie – São Paulo, SP

BUMNI será o primeiro disco da rapper Stefanie, que já tem 18 anos de carreira. Nele, ela propõe um resgate da sua ancestralidade, se reconectando com a essência dos griots, contadores de histórias da África Ocidental, que transmitiam conhecimento, trazendo à tona seus sentimentos, anseios e superações.


BAHIA

DecoloniSate – Salvador, BA

Lançamento do primeiro álbum da Orquestra feminina “DecoloniSate” como resultado de mais de dez anos de criação musical e formação de percussionistas nas aulas do mestre José Izquierdo, nas escolas de percussão baiana Olodum, Pracatum e Decolonisate. O trabalho da Orquestra tem como fundamento os saberes musicais afro baianos e a sua relação com os movimentos feministas de diferentes lugares da América do sul que se inspiram na sua riqueza cultural e em seu poder de transformação social.

Festival da Diversidade: Paulilo Paredão – Salvador, BA

No período da primavera, Salvador e sua região metropolitana ganham mais uma edição do Festival da Diversidade: Paulilo Paredão, focando no acesso à cultura e dando visibilidade para artistas LGBTQIA+, pretos e periféricos.

Festival Frequências Preciosas – Salvador, BA

1ª edição do Festival Frequências Preciosas com line up 100% composto por cantoras e bandas de mulheres negras e indígenas da Bahia. Uma realização das Frequências Preciosas, plataforma de fomento da arte de cantoras negras e indígenas, que visa fortalecer a cena musical idealizada pela cantautora e atriz Viviane Pitaya. A curadoria irá priorizar em sua curadoria artistas das regiões Nordeste e Norte do Brasil.

Gabi Guedes – Salvador, BA

Lançamento de Matriarcas, primeiro álbum do grupo Pradarrum, capitaneado pelo mestre e músico Gabi Guedes, referência na música percussiva baiana. Nascido no Alto do Gantois, cresceu ao lado da Iyalorixá Mãe Menininha e desde muito cedo se viu envolvido pelo toque e os sons dos tambores. O Pradarrum visa manter viva a memória das grandes Iyalorixás e Alabês, que deixaram seu legado de luta e resistência na manutenção das suas comunidades, das suas histórias e sua espiritualidade. As composições são cantos de terreiro adaptadas por Gabi e Felipe Guedes.

Melly – Salvador, BA

Dona de uma voz potente e marcante, a cantora Melly lançará seu primeiro disco após sucesso de seu EP “Azul” (2021). Além das influências do R&B, jazz, blues e soul, o seu

trabalho bebe na fonte das células musicais do samba-reggae, trap, pagodão, do toque Ijexá e percussivo, característicos da Bahia.

Sued Nunes – Cachoeira, BA

Natural do Recôncavo Baiano, Sued Nunes lança em 2023 seu segundo disco, que transitará musicalmente entre muitos ritmos como R&B, afropop, misturado a beats e elementos sintéticos, aliando o ancestral e o afrofuturismo.

MINAS GERAIS

1ª Festival de Música Doida – Belo Horizonte, MG

O projeto mira realizar uma cartografia de coletivos e compositores com sofrimento mental para participação na mostra inédita que irá promover apresentações musicais e rodas de conversa sobre a produção da música e arte por pessoas e coletivos com sofrimento mental.

Festival Pá na Pedra – Ribeirão das Neves, MG

Realização da 10ª edição do tradicional evento de música independente, Festival Pá na Pedra com uma programação diversa que, ao longo dos anos, se tornou principal ponto de networking de artistas, produtores e gestores culturais da região.

Jack Will – Uberlândia, MG

Legítimo representante do Jazz Afro-Mineiro, Jack Will encontrou com sua ancestralidade através do ritmo gerado pelas batidas de seus tambores. O projeto leva pra estrada o show de Black Buddah, seu disco de estreia, que traz sua vivência de 15 anos dedicados à música.
 

Natania Borges – Uberlândia, MG

Cantora e compositora de Salvador que atualmente vive em Uberlândia, Natania irá lançar seu primeiro trabalho solo. Ativista, ela pauta as vivências de corpos marginalizados, unindo a música, audiovisual e a performance pelo PagoTrap, Afrobeat e R&B.

N’zinga – Belo Horizonte, MG

Produção e lançamento de uma obra musical e cinematográfica que conta a história de N’zinga Mbandi, rainha de Angola – capitaneada pelo rapper Samora N’zinga -, a partir do ponto de vista dos sobreviventes da diáspora africana. Nzinga Mbandi é até hoje uma das mais importantes lideranças africanas que lutou contra a colonização portuguesa no século XVII.
 

Paige – Belo Horizonte, MG

Considerada uma das grandes vozes do R&B no cenário musical mineiro, artista múltipla, plural, mulher preta e bissexual, Paige lançará em 2023 seu primeiro disco depois dos EPs “Babygirl” e “Imagina a Gente”.

ruadois – Belo Horizonte, MG

ruadois é um grupo mineiro de música eletrônica periférica nascido em 2020 formado por pessoas negras, periféricas, indígena e LGBTQIAP+ que lança seu primeiro disco. Em seus trabalhos, eles buscam valorizar e colaborar com a construção de uma cena descentralizada, diversa, democrática e criativa da música eletrônica.

PARÁ

AQNO – Marabá, PA

AQNO é um artista e produtor musical quevive com HIV há 7 anos, enfrentando e dialogando, através de sua arte, todas as questões pelas quais passa um corpo positivo numa sociedade sorofóbica. Em 2021 gravou seu primeiro disco autoral, O Retorno de Saturno, projeto que fala de suas descobertas, processos e questionamentos como pessoa vivendo com HIV. Nesse novo projeto, ele produzirá um álbum visual em COLAB com produtores, artistas, diretores, músicos e profissionais diversos vivendo com HIV, além de promover rodas de conversas em comunidades periféricas de Marabá, a fim de trazer uma nova visão sobre como viver e conviver com o HIV.

Caquiado, Marabá – PA

Surgido da inquietação de dois jovens artistas da cidade de Belém, Pratagy e Reiner, o Selo Caqui procura tornar sustentável a cena musical feita na cidade das mangueiras. O projeto coletivo “Caquiado: Álbum-coletânea e filme-manifesto de novos artistas paraenses” visa gravar um álbum-coletânea com 10 artistas paraenses em ascensão em músicas autorais inéditas.

Festival Apoena, Belém – PA

O Festival Apoena (edital PA) chega à terceira edição em 2023 focado em ser um espaço de (re)existência cultural. O evento busca expandir os sons da floresta que fazem o som da música paraense, além de reforçar a disseminação da cultura local. O projeto ainda prevê oficinas de produção cultural gratuitas para a comunidade de Fátima/Matinha, bairro periférico de Belém.

Rawi, Santarém – PA

Multiartista queer em ascensão na cena pop amazônida, RAWI conta com 10 anos de carreira nas artes. Ele apresenta seu segundo disco, em busca de uma sonoridade experimental, utilizando os instrumentos e o ritmo do carimbó como base, passando pelo pop amazônida e muitas referências musicais do rock ao eletrônico. É um álbum de poética crua, e busca nos cenários das vidas amazônidas uma reformulação do imaginário de corpos e histórias LGBTQIAP+.

RIO GRANDE DO SUL

Festival OBronx – Porto Alegre, RS

OBronx é um movimento artístico e cultural que surgiu em Porto Alegre em 2016 com o objetivo de fomentar a cultura preta e acolher o público preto, lgbtqiap+ e periférico. Em 40 edições, o Bronx alcançou milhares de pessoas, movimentando a cadeia econômica e criativa gerida por minorias e se tornou referência na cidade. Em 2023 a proposta é unir referências estéticas afro futuristas no primeiro festival do coletivo, que contará com apresentações musicais, além de workshops de produção musical, discotecagem e dança. Todo o projeto será documentado em audiovisual que será lançado ao final de sua execução.

50 Tons de Preta – Porto Alegre, RS

Formada por Dejeane Arruée (vocal, trombone) e Graziela Pires (vocal), o 50 tons de Preta apresenta o novo disco “Tira o teu Racismo do Caminho”, dando voz às mulheres negras, igualdade de gênero e luta antirracista.

Gfilms Rap Festival – Pelotas, RS

Festival itinerante que promove a cultura Hip Hop e abre espaço para novos MCs e para as mulheres no rap, com shows musicais, apresentações de dança ao ar livre, batalha de MCs e realização de oficinas de grafite e stencil.

Ialodê – Porto Alegre, RS

O projeto Ialodê nasceu em 2020, com o desejo de celebrar a trajetória das artistas gaúchas Nina Fola, Glau Barros, Marietti Fialho e Loma, mulheres negras que, juntas, somam 100 anos de carreira. Agora em 2023 saem em turnê pelo interior do estado.

Luiza Hellena e a Velha Guarda da Praiana – Porto Alegre, RS
O projeto resgata uma das vozes negras da noite (e das rádios) de Porto Alegre que foi referência na década de 50. Junto da Velha Guarda da Praiana, a escola de samba mais antiga de Porto Alegre, Luiza Hellena grava disco que mostra que o samba não é apenas do eixo Rio/São Paulo e Bahia.

Paula Posada, Porto Alegre – RS

Inspirada nos povos originários da região amazônica e caribenha, Flecha Envenenada é o nome do primeiro álbum de Posada, DJ, produtora cultural, produtora musical, gaúcha, indígena em contexto urbano, filha de mãe paraense e pai colombiano.

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