Documentário sobre Ferah Sunshine será lançado no sábado (10)
“Cadê o dinheiro da boneca?” esse meme da internet dá nome ao minidocumentário estrelado pela drag baiana Ferah Sunshine que será lançado no próximo sábado, 10 de abril, às 18h, no IGTV da artista no Instagram (@ferahsunshine). O ponto forte dessa produção são os relatos dos processos diários da arte drag, através da perspectiva dessa artista que já tem o nome na galeria das estrelas da noite de Salvador.
Ela mostra que essa expressão artística vai muito além dessa simples definição de “homens vestidos como mulher”, até porque a arte não está ligada ao gênero.
O documentário fala sobre referências e representatividade para o mundo moderno, promovendo reflexões sobre a monetização do serviço artístico, sempre questionada pela sociedade que desvaloriza, mas também, contraditoriamente, consome e exige uma performance de alto nível das “bonecas”; Ferah conta um pouco da sua história: dos perrengues passados, do trabalho intenso e ininterrupto de 10 anos atuando na cena de soteropolitana, da construção da sua família Drag, de suas inspirações e do apoio que teve para executar seu trabalho, fazendo um mix de humor e realidade.
Para além de make up, perucas e domínio na arte de se equilibrar no salto, ser Drag é um processo complexo: as performances envolvem seleção de músicas, atuação, dança, comédia e várias outras facetas artísticas, o que faz dessa arte uma das mais completas formas de manifestação; além, claro, de um ato político. “Cadê o dinheiro da boneca?” traz a narrativa do artista Vagner Cerqueira na busca pelo respeito, representatividade e reconhecimento dos direitos da comunidade LGBTQIA+.
Dando leveza a essa luta, as drag queens têm ocupado o mundo pop mundial nos últimos anos. Muito disso se dá a RuPaul’s Drags Race; o realitys é muito responsável pela popularização da arte da montação, além das nossas divas brasileiras como Gloria Groove e Pabllo Vittar.
No elenco além Ferah temos: Alehandra Dellavega, Bia Mathieu, Carol Stella, Dominic, Mailson Oliver, Melanie Mason e Saphyra Luzz.
O documentário tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), pelo Programa Aldir Blanc Bahia via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.