Diagnósticos de HIV em héteros superam os de gays e bissexuais na Escócia
Números divulgados na última terça-feira (26) pela Public Health Scotland, órgão nacional de saúde pública da Escócia, apontaram que, pela primeira vez em 10 anos, as taxas de transmissões de HIV entre pessoas heterossexuais no país estão mais altas do que entre homens gays e bissexuais.
Comumente associada à comunidade LGBTQIA+ e usada como ‘desculpa’ para perpetuar discursos homofóbicos, o HIV é uma sigla para vírus da imunodeficiência humana, que pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças, sendo também capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo.
Segundo dados do estudo, 42% dos novos diagnósticos de HIV na Escócia no ano passado foram feitos entre pessoas heterossexuais, em comparação com 29% entre gays e bissexuais.
Os índices de diagnóstico tardio também foram ligeiramente elevados em heterossexuais, o que significa que os danos ao sistema imunológico podem já ter começado.
27% das pessoas que adquiriram o HIV por meio de relações heterossexuais foram diagnosticadas em um estágio tardio/muito tardio. Já os homossexuais e bissexuais, somaram 23% dos diagnósticos tardios.
Para a instituição de caridade britânica que faz campanhas e fornece serviços relacionados ao HIV e à saúde sexual, Terrence Higgins Trust (THT), embora os homossexuais e bissexuais sejam os ‘mais afetados pelo HIV em relação ao tamanho da população’, houve redução de novas transmissões nessa comunidade devido ao sucesso de intervenções como a profilaxia pré-exposição (PrEP), o medicamento que pode evitar que alguém contraia o vírus.
Fonte: Estado de Minas