Dia 26 de outubro é comemorado o Dia da Visibilidade Intersexo, destacando as lutas e direitos de pessoas intersexo no Brasil

Genilson Coutinho,
21/10/2024 | 11h10

Pessoas intersexo têm caracteísticas sexuais congênitas, não se enquadrando nas normas médicas e sociais para corpos femininos ou masculinos; Essa condição pode resultar em experiências de estigma, discriminação, ódio e danos por parte de outras pessoas. Essa é a definição da Intersex Human Rights, organização independente de apoio para pessoas com variações ou traços intersexuais. No Brasil, não há levantamentos sobre pessoas intersexo. Ainda assim, dados do DataSUS, do Ministério da Saúde destacam que 104.557 nascidos vivos foram registrados com o “sexo ignorado” entre 2014 e 2021 – 1,6% do total de bebês registrados no período.

Amara Moira, escritora, professora e ativista, está disponível para entrevistas sobre a importância da visibilidade e dos direitos das pessoas intersexo no Brasil. Amara é Coordenadora de Educação, Exposições e Programação Cultural do Museu da Diversidade Sexual, e oferece uma visão profunda sobre as lutas e desafios enfrentados por essa comunidade.

Entre os tópicos que permeiam o assunto, Amara pode comentar sobre:

  • Histórico e contexto das pessoas intersexo: A intersexualidade tem sido tratada historicamente como uma condição a ser “corrigida”, muitas vezes através de intervenções médicas invasivas e sem consentimento. Como essas práticas impactam a comunidade, e como o movimento pelos direitos humanos está mudando essa narrativa?
  • A importância da visibilidade: A ausência de dados específicos reflete a invisibilidade das pessoas intersexo. Como dar voz a essas experiências pode ajudar a reduzir o estigma e promover inclusão?
  • Representação cultural no Museu da Diversidade Sexual: O museu abriga obras como “Emília é Homem” e “O Patinho Torto”, que contam histórias de pessoas intersexo. Amara pode discutir a importância de preservar e divulgar essas narrativas.
  • Atualização da bandeira LGBTQIA+: O que significa a inclusão do orgulho intersexo na bandeira LGBTQIA+? Como esse gesto reflete as lutas por reconhecimento e direitos dentro da comunidade?
  • O papel do Museu da Diversidade Sexual: O museu como um espaço de diálogo e transformação social para a comunidade LGBTQIA+, especialmente na promoção dos direitos de pessoas intersexo.