Cuba celebrou o primeiro casamento lésbico após três semanas da aprovação do Novo Código das Famílias e da legalização da união homoafetiva no país. Na última sexta-feira (21/10), Liusba Grajales e Lisset Díaz, juntas há sete anos, oficializaram sua união na cidade de Santa Clara, localizada a 268km de Havana. As informações são do jornal inglês Daily Mail.
Para Liusba, que trabalha como gerente da Universidade Central de Las Villas, seu casamento representou um “grande dia” para a comunidade LGBTQIAP+. “Amor é amor, do jeito que é. Sem imposição, sem preconceito. Não sei se devo rir ou chorar. É uma mistura de tantas emoções fortes”, declarou ela.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral do país, Cuba legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo a partir de votação popular. Cerca de dois terços da população cubana votaram a favor da reforma no Código das Famílias para maior proteção para minorias, incluindo mulheres, crianças e idosos, além de permitir que casais LGBTQIAP tenham o direito de adoção e a barrigas de aluguel.
A decisão representou um marco para Cuba, onde houve a institucionalização da perseguição a homossexuais nas décadas de 1960 e 1970. Na época, o líder comunista Fidel Castro afirmou que ser homossexual era um desvio que entraria em choque com os princípios de ser um militante comunista. “Nunca acreditamos que um homossexual possa personificar as condições e exigências de conduta que nos permitem considerá-lo um verdadeiro revolucionário. Um desvio dessa natureza entra em choque com a concepção que temos do que deve ser um militante comunista”, declarou ele.