Comunidade LGBTQIAPN+ e o mundo do trabalho foram tema de palestra no Hospital Aristides Maltez

Redação,
22/07/2024 | 12h07
Foto: Divulgação

No ultimo sábado (20), o Grêmio de Estudos do Hospital Aristides Maltez (GEHAM) trouxe como convidados o técnico em Radioterapia da instituição filantrópica, Hebert Sued, e o ativista LGBTQIAPN+, consultor em Diversidade e editor-chefe do site Dois Terços, Genilson Coutinho. Em pauta, “O ambiente de trabalho e a comunidade LGBTQIAPN+”.

De forma didática e participativa, os palestrantes apresentaram um histórico sobre o tema, o significado da sigla e fatores importantes para formentar o respeito e a inclusão de todas as pessoas nos espaços de trabalho e nas demais esferas da vida.

Genilson Coutinho retratou o motivo que o levou ao HAM: “Eu acho importante a gente falar em todos os espaços, pois precisamos naturalizar as nossas vivências. A gente tem que falar para as pessoas, visto que nem todo mundo compreende o que é ser uma pessoa LGBT, então, quando você vem para um espaço como esse, onde tem pessoas diversas e que podem não ter conhecimento sobre o assunto, você difunde esse conhecimento e você contribui para o combate ao preconceito. A gente não pode partir do preconceito de que todo mundo sabe tudo, mas as pessoas passam a compreender à medida que elas estão incluídas. Quando você vem a um ambiente hospitalar, um ambiente corporativo para falar sobre diversidade, é relevante porque você multiplica sensibilização. Há pessoas LGBTs que são funcionárias, pacientes, acompanhantes e visitantes. Como é que a gente lida com essa diversidade? A gente tem que se despir dos nossos preconceitos, construir novos conhecimentos e ter empatia. Você pode até não saber o que é LGBT, mas se você respeita o outro como pessoa e entende que nós temos os mesmos direitos de ocupar os mesmos espaços, a gente já tem meio caminho andado. Em momentos como este, nós mostramos que as pessoas lésbicas existem, que as pessoas trans existem e que são pessoas. Antes mesmo de todo o letramento dos marcadores sociais, é preciso ver o outro como pessoa, alguém que tem todos os direitos e que merece ser respeitado.”. E continua: “A gente não pode perder a oportunidade de socializar em todos os espaços. Você desconstrói o preconceito, você desconstrói a sexualização dos nossos corpos porque, quando se fala da palavra gay, muitos querem levar para a questão da sexualização e não é isso, né? Nós somos para além disso, somos médicos, somos professores, somos doutores… É um trabalho de formiguinha. E cada pessoa que tem acesso à informação qualificada e repassa já é um grande ganho!”.

Foto: Genilson Coutinho

Hebert Sued reforçou: “A nossa presença aqui hoje está diretamente relacionada à inclusão. Inclusão para que a gente possa debater sobre o tema, que ainda é um pouco tabu, mesmo nos dias de hoje. E eu sendo porta-voz, para mim, é de uma importância muito grande, tanto pessoal quanto profissional. Ter a possibilidade de levar essa informação para mudar a cabeça das pessoas, de gerar entendimento com muito mais facilidade, com muito mais clareza, para levar o respeito à pessoa como ela é significa muito para mim e para toda a comunidade!”.

Ao longo do ano, uma vez por mês, os colaboradores do HAM participam de eventos com diversos temas. O GEHAM promove palestras, encontros e demais atividades em prol do conhecimento e integração entre as equipes