Com o tema ‘Voltou o carnaval e com camisinha a alegria é geral’, Ministério da Saúde lança Campanha de Prevenção às ISTs para a folia de 2023
Esse é o momento que todos os brasileiros e brasileiras estavam esperando: o carnaval voltou. É hora de celebrar a volta da alegria, do amor, da diversidade, do respeito, com responsabilidade para aproveitar a festa com segurança. A partir desta sexta-feira (17), o Ministério da Saúde lança a Campanha de Prevenção às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Com o slogan “Voltou o carnaval e com camisinha a alegria é geral”, a campanha reforça a importância do uso da camisinha para prevenção das IST, principalmente entre o público de 15 a 34 anos; a campanha terá:
– filme para televisão veiculado nacionalmente;
– conteúdo informativo nas redes sociais;
– peças; em locais de grande circulação (pontos de ônibus, metrô, rodoviárias, avenidas)
– reforço da mensagem nas cidades de Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Brasília, onde há maiores concentrações de foliões;
“É também uma campanha voltada para prestigiar essa festa popular maravilhosa, que tanto engrandece nosso país, mas ao mesmo tempo chamar atenção para a proteção, o uso da camisinha e para maior informação. Não só sobre a Aids, não só sobre a infecção por HIV, mas sobre [todas] as infecções sexualmente transmissíveis”, declarou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em coletiva de imprensa.
O principal objetivo é lembrar aos foliões que a proteção é uma peça fundamental para a festa, lado a lado como o respeito, a diversidade e a inclusão. Uma novidade de 2023 é o ajuste na nomenclatura dos preservativos distribuídos: antes conhecidos como masculino e feminino, eles passam a ser identificados como externo e interno. “Fazemos questão de frisar a importância da proteção”, complementou a ministra.
108 mil pessoas não sabem que vivem com HIV
A campanha também traz um alerta para a grande quantidade de pessoas que ainda não tem o diagnóstico da doença.
“Temos 108 mil pessoas no Brasil que têm HIV positivo no Brasil e não sabem. Isso é muito grave”, disse a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel. “Essas pessoas são jovens, elas estão no carnaval. O primeiro passo para a prevenção é termos o diagnóstico. Precisamos que nossos jovens saibam da preocupação e dificuldade do tratamento”, afirmou.
A secretária reforçou a importância de toda relação sexual ser feita de maneira protegida. “Precisamos que nossos jovens compreendam que é preciso se divertir e é preciso se proteger. É preciso usar preservativo”, disse Ethel.
O chefe do Departamento de HIV/Aids e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Dráurio Barreira, disse que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem “farta e suficiente” distribuição em pontos em todo o país de preservativos internos e externos, garantindo que haja prevenção em todo tipo de relação sexual.
Segundo o Ministério, o foco da campanha terá como motes “conhecer, prevenir e tratar”. O SUS também conta com métodos de prevenção específicos para quem irá se expor ou já se expôs ao vírus HIV, a Profilaxia Pré-Exposição (Prep) e a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), que consistem na administração de medicamentos específicos para estes casos.
Vacinas salvam
É importante lembrar que, apesar da melhora no cenário epidemiológico da Covid-19, o carnaval 2023 ainda ocorre em um momento de pandemia. Assim, o Ministério da Saúde recomenda que todos busquem as unidades de saúde e completem o ciclo de imunização.
“Ainda continuamos na pandemia, mas graças à proteção das vacinas é possível brincar, se divertir com toda a amorosidade que existe no carnaval”, reforçou a ministra. Ela aproveitou o momento para convidar todas as pessoas que não têm a cobertura vacinal atualizada a procurarem as unidades de saúde.
Atualmente, mais de 19 milhões de brasileiros estão em atraso com a segunda dose do esquema vacinal primário, outros 68 milhões estão em atraso com a primeira dose de reforço e pouco mais de 30 milhões com a segunda.
“Essas são as mensagens de saúde, mas sabendo que a alegria também, com tanto sofrimento que tivemos, faz parte da cultura da nossa sociedade. Devemos celebrar e estar juntos nessa corrente positiva neste carnaval”, finalizou.