Casos de H1N1 fora de época aumentam o alerta para imunização
A gripe chegou mais cedo este ano. Segundo o Ministério da Saúde, só até 19 de março, foram confirmados 305 casos de H1N1, com 46 óbitos. Enquanto, em todo o ano de 2015, houve 141 registros da doença, sendo 36 mortes.
O infectologista e responsável técnico pelo serviço de vacina do Laboratório Sabin, Claudilson Bastos, explica que a manifestação dos vírus da influenza é sempre imprevisível e varia anualmente, sendo sazonal.
Conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para este ano, a vacina trivalente foi atualizada com as cepas dos vírus de influenza A H1N1, A H3N2 e B da linhagem Victoria. Já a quadrivalente contém uma nova cepa do tipo B da família Yamagata.
“As vacinas são produzidas com base nos vírus que estão em circulação em cada hemisfério. Por isso, para ampliar a proteção, desde o ano passado, recomendamos também uma composição quadrivalente, que conta com uma cepa a mais do vírus influenza B”, explica Bastos.
O infectologista lembra que todas as pessoas, a partir de seis meses de idade, devem se vacinar contra a gripe. Claudilson Bastos ainda esclarece que a mesma vacina pode ser aplicada simultaneamente com outras do calendário. “Inclusive, adultos com mais de 50 anos são recomendados a associação com vacina pneumocócica conjugada 13v. Dessa forma, além de prevenir a pneumonia, evita os riscos para sinusite, otite média e, até mesmo, a meningite, uma vez que a bactéria que causa a pneumonia pode ser agente destas outras doenças”, detalha.
O especialista alerta que a vacinação continua sendo a principal forma de prevenção, mas alguns cuidados básicos de higiene são fundamentais para evitar a transmissão de vírus. “Proteger a tosse e o espirro com lenço de papel descartável e lavar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel sempre que usar o banheiro, antes das refeições e após tossir ou espirrar são alguns hábitos que também ajudam a impedir a propagação e o contágio dos vírus”, destaca.