Cantor baiano fora da mídia irá responder por crime de homofobia
O tempo passou, mas o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) não deixou passar sem solução a denúncia de Agripino Magalhães, suplente de deputado estadual e ativista dos direitos LGBTQIA+, contra o cantor baiano Netinho, que caiu no esquecimento da historia da música baiana, ao lado de Antônia Fontenelle e Carlos Silva, conhecido por representar o personagem Mendigo.
O trio vai responder processo criminal de LGBTfobia e de racismo. Com penas prevista de até 8 anos, de acordo com matéria do O Dia desta sexta-feira (12). “As pessoas precisam saber que esses tipos de comentários sobre racismos e preconceito não cabem mais na sociedade. São discursos de ódio e isso é crime. Crime previsto por lei e que pode levar uma pessoa à prisão por oito anos. Nós queremos punição para que isso não se repita entre pessoas famosas e formadoras de opiniões”, declarou o advogado Ângelo Carbone, especialista em crimes de homofobia e racismo, a O Dia.
Netinho havia publicado em uma das suas redes sociais, uma declaração vergonhosa e homofóbica, onde escreveu: “se esse pessoal LGBT não vivesse de acordo com o fiofó, pensando com o fiofó, o Brasil ia ser maravilhoso”.
Já o Mendigo usou uma foto de Thammy Miranda e seu filho, ao lado de uma imagem de antes da cirurgia de mudança de sexo, com a seguinte declaração: “prefiro ser órfão do que ser adotado por uma mulher operada que se passa por homem para ter o privilégio de adotar uma criança”.
Fontenelle mostrou sua cara fazendo comentário a respeito da canção “Fricote”, de Luiz Caldas,é declarou: “Nega do cabelo duro, que não gosta de pentear… hoje em dia não se pode falar nada porque ‘tudo é racismo’, ‘tudo ofende’ e ‘tudo mimimi’”.