Candidata de Recife vence 19ª edição do concurso de fantasia gay; veja as fotos
Era por volta das 18h quando o ator transformista André Luis Silva, 50 anos, caracterizado de sua personagem Bagagerie Spilberg, sobe a rampa de acesso a passarela para apresentar o XIX Concurso de Fantasia LGBT da Bahia, na Praça Castro Alves, segunda-feira (8). Neste ano, a transexual pernambucana Sandra Farias, 45 anos, manteve o seu favoritismo e ganhou mais uma edição, levando consigo o prêmio de R$ 6 mil. “Eu adoro Salvador, fico muito feliz que existam pessoas que promovam essa nossa arte”, declarou Sandra, logo após sua vitória.
Na categoria luxo a disputa não foi fácil, mas a favorita venceu, usando a fantasia “Uma saudação africana ao rei” que pesava nada menos que 47kgs, confeccionada em paetês, lantejoulas, penas de faisão e de galo, consideradas nobres.
Os demais eleitos foram Geraldo Pontes, natural de Juazeiro, Bahia; Lilian Ariela, de Itapissuruma, Pernambuco; e Barbara Pontes de Assis, de Salvador, Bahia. Já na categoria originalidade, o primeiro lugar foi para Severino Queiroga da Silva, de Juazeiro, vestindo a fantasia Dekameron, que arrematou o prêmio de R$ 5 mil. Edson Francisco de Lima, Ivo Lancelote e Ozir França ficaram em segundo, terceiro e quarto lugares respectivamente.
A realização do XIX Concurso de Fantasia LGBT da Bahia, no Carnaval de Salvador, objetiva fortalecer a identidade do segmento e o ativismo contra a homofobia por meio da produção artística integrada a essas populações. A iniciativa coaduna com o esforço coletivo de fortalecer e promover o Carnaval do centro da cidade e divulgar a tradição de fantasiar-se para brincar o carnaval, um aspecto de nossa cultura que foi se perdendo ao longo dos anos.
Pela primeira vez o GGB convidou uma atração musical para fazer parte do evento. A cantora Ayla Menezes subiu ao palco por volta das 22h e finalizou o evento às 2h30 da terça-feira, com show dançante e muitas modinhas dos carnavais antigos. Já a cantora Vercia, que constava da programação, por problemas operacionais no palco não pôde se apresentar. O evento é uma realização do Grupo Gay da Bahia (GGB), Quimbanda Dudu com apoio da prefeitura do Salvador através da Saltur.
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