A 12º edição Pedro Leopoldo Rodeio Show, que acontece até o próximo domingo (07), na região metropolitana de Belo Horizonte, os produtores criaram o camarote Sense Private com 1 mil lugares destinados aos LGBT.
Porém muitos não gostaram, e enxergaram o camarote um ato de segregação. Como pontuou Carlos Magno, presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (ABGLT), criticou. “Às vezes, necessitamos de ações afirmativas para resolver problemas, como a criação de celas LGBT em presídios. Já em espaços públicos, o ideal é que todos estejam juntos”, disse ao jornal “O Estado de Minas”.
“Quando vejo algo como o que está ocorrendo em Pedro Leopoldo, fico temeroso, porque iniciativas assim podem contribuir para segregar, estigmatizar. Daqui a pouco, podem começar a ver o espaço como camarote cor-de-rosa, camarote arco-íris, camarote de viado’”, diz Magno, citando depreciativos que são colocados em gays.
O produtor do camarote, Nilton Jr., discorda. “Sei que tem gay que não gosta de ficar no meio, para evitar o gueto. Mas também tem aqueles que se sentem mais à vontade. E não são apenas gays. Há amigos, parentes, namorados(as)”, diz, listando os acompanhantes que geralmente marcam presença em espaços assim.
O camarote LGBT tem open bar, 30 banheiros exclusivos e lounge para descanso. Oferece também acesso aos shows de DJs do camarote Fusion. A cantora Ivete Sangalo não quis se pronunciar sobre o assunto.