Ativista apresenta dissertação sobre o atendimento à comunidade LGBTQIAPN+ realizado por equipamento do Governo do Estado

Genilson Coutinho,
16/07/2024 | 16h07
Foto: DivulgacO

Na nesta quarta-feira (17), às 13h, o ativista Renildo Barbosa irá defender sua dissertação de tese de Mestrado na Escola de Administração da Universidade da Bahia (EAUFBA), cujo tema será ALÉM DO ARCO-IRIS: Avaliando a execução do CPDD LGBT pela Instituição Beneficente Conceição Macedo – IBCM no atendimento a pessoas LGBTQIAPN+. O tema, de extrema importância, traz à tona um tema extremamente necessário de ser debatido: a execução de pessoas LGBTs. De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 23 horas uma pessoa LGBT é assassinada, na maioria das vezes os casos são esquecidos nas gavetas dos tribunais ou classificados como crimes comuns.


Após a defesa da tese de Renildo, às 15h, será a aberta a exposição Até Quando? de Genilson Coutinho, fotografo, artivista e editor do site Dois Terços. Haverá também uma roda de conversa, às 15h30, com o tema Além do Arco Íris: contribuições de representações da Rede, Movimentos Sociais e Órgãos. Encerrando a programação do dia haverá, às 17h, o Ajeum da Diversidade, com intervenções artísticas e inclusivas LGBTQIAPN+ e Cis-Aliades.
A exposição Até Quando? ficará no foyer da EAUFBA até o dia 31 de julho, com visitação gratuita. Ao todo, são 13 fotos onde Coutinho traz, em cada imagem, a história de uma vida perdida para LGBTfobia, desde o primeiro caso ocorrido no Brasil, documentado de 1614, até casos mais recentes como casal de mulheres lésbicas assassinadas em Camaçari.

Genilson explica ainda que o ensaio busca despertar na sociedade um posicionamento diante de tristes histórias que não apenas tiram a vida das pessoas, mas que destroem lares, sonhos e histórias. “A cada morte de um LGBTQIAPN+ as cores do arco-íris escorrem nas ruas, nos sacos de lixo, nos carros de mão. E é essa força das cores que utilizo para denunciar o sangue derramado por essa comunidade. A escolha das 13 fotografias é também um alerta para o Brasil que há 13 anos se mantém na lista do país que mais mata pessoas trans e travestis em todo o mundo”, salienta Coutinho. A exposição tem curadoria de Leandro Colling, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e integrante do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidades (NuCuS).
O que: Defesa de dissertação tese do ativista Renildo Barbosa, Roda de Conversa e a exposição Até Quando? de Genilson Coutinho.
Quando: 17 de Julho (Defesa de Dissertação de Tese e roda de conversa) 17 a 31 de julho (Exposição Até Quando? de Genilson Coutinh)
Quanto: Gratuito
Onde: Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (Av. Reitor Miguel Calmon, s/n – Vale do Canela, Salvador, Bahia)