Loïc Koutana, o L’homme Statue, apresenta em “Jalousie” um corpo disposto ao amor livre e que questiona – verso a verso, cena a cena – os obstáculos dessa plena realização. Embalando o mergulho no tempo mítico do tema e de sua ancestralidade, um rap com samplers de violino e batidas abafadas se misturam às imagens solitárias do artista que traz em sua performance o tom dramático e profundo que a música oferece.
A direção audiovisual da obra é assinada por Fred Ouro Preto, em uma continuidade da parceria iniciada com a banda no clipe proposto para “Canto de Sereias”. Dessa vez, figuras sedutoras e iradas são destaque ao referenciar divindades de culturas africanas. Na mensagem exposta, uma celebração às várias possibilidades de se envolver afetivamente, sem amarras e definições. Seguindo essa narrativa, logo na abertura do vídeo um desencontro mostra cenários que revelam solidão e os atravessamentos das paixões que estão sob a luz do ciúme, raiva e quase loucura.
Reafirmando sua ousadia e versatilidade, Loïc canta em português e francês. Pedro Zopelar – produtor musical do projeto e maior parceiro criativo de Koutana – conta que o single tem um vocal mais falado e cadenciado. “Vale a pena destacar os graves e a introdução com toques de mensagem de celular que dão a entender que a faixa seria um grande desabafo enviado via áudio”.
Em “Jalousie”, clipe e canção se complementam. O diálogo é acentuado quando se pensa na expansão dos limites artísticos desse duo tão criativo que, em cada estreia, entrega um capítulo completamente original.
Em tour com o álbum SER, debut lançado em novembro passado, L’homme Statue se apresenta no próximo dia 20, na Misty. Com o francês Mattieu B e a brasileira Joy no line-up, o evento será realizado em São Paulo.
Para mais informações, acesse: https://shotgun.live/pt/events/misty-apresenta-l-homme-statue.
Materiais de apoio para a imprensa, incluindo fotos, letra, ficha técnica e mp3: https://bit.ly/3Phu3ks
SOBRE SER, DISCO DE ESTREIA DE L’HOMME STATUE
Loïc Koutana, o L’homme Statue, é arte por natureza. O cantor, dançarino, modelo, performer e influenciador digital é um imigrante afro-francês nascido em Paris, de família natural do Congo e da Costa do Marfim. Escolheu o Brasil por amor – e é aqui que ele lançou seu primeiro álbum, “SER”, em novembro de 2021, mês da Consciência Negra.
Abrindo portas para o álbum, Statue trouxe a música “Do Not Tell”, faixa eletrônica que flerta com o funk e R&B. Nela, o artista expressa sua frustração com a opinião invasiva e violenta sob o corpo preto, repetindo: “do not tell me what I have to do”. O videoclipe, que envolve captação 3D, é dirigido por Pedro Tejada e Marcello Costa e produzido pela Stink São Paulo. Para os diretores, a técnica casava perfeitamente com a persona do artista: “Loïc sempre se destacou muito nos meios digitais — e usamos isso como base para desenvolver a história do clipe, contada através de instalações e momentos digitais, representando a força do Loïc nas redes versus as lutas que ele enfrenta na vida real”.
O single deu dicas do trabalho completo: produzido por Statue e Pedro Zopelar, seu colega e maior parceiro criativo, “SER” passeia pelo techno, funk, R&B, disco, trap – sonoridades que atravessaram o cantor durante sua trajetória artística.
“A forma despretensiosa e divertida com que trabalhamos ao longo do processo refletiu a pureza e a potência de cada composição, resultando em um trabalho muito único e autoral que sintetiza uma bela parte do mundo particular de L’Homme Statue”, conta Zopelar.
Esse mundo particular se destaca em cada verso, em cada canção: com toda a bagagem cultural (e ancestral) de Statue, o cantor flui entre inglês, francês e português, formando a linguagem mista que ele já tornou sua.
“SER” é um retrato intimista mesmo para quem está habituado a se expor. Com uma carreira baseada em “emprestar seu corpo” dançando para artistas como Elza Soares, Baco Exu do Blues e Mahmundi, L’homme Statue é familiar à nudez; Loïc, nem tanto. Nesse disco, Statue e Loïc se encontram, se reconhecem, se definem.
“Eu falei: ‘Eu vou eu mesmo me definir. Eu decido tomar o controle sobre o meu corpo, a minha sexualidade e quem eu sou’. Quero que as pessoas lembrem de mim pelo fato de ser”, conta L’homme Statue.
O resultado é um álbum que parece uma declaração de independência, do “corpo preto viado” que sempre foi definido por outros. Aqui, Statue controla a própria narrativa, transitando do romântico e delicado ao tenso e caótico sem perder a vulnerabilidade.