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Ator é assassinado por espancamento e facadas no Rio; amigos apontam homofobia

Genilson Coutinho,
10/07/2015 | 13h07

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O ator e produtor cultural Adriano da Silva Pereira, de 33 anos foi encontrado morto na última segunda-feira (6) no Rio de Janeiro. Familiares e amigos acreditam que o assassinato por espancamento e facadas tenha sido motivado por homofobia.

A vítima havia saído de casa no domingo (5) à noite para beber com amigos, mas não voltou. O corpo foi encontrado no dia seguinte em um córrego na Estrada do Cabuçu, em Queimados.

Adriano, que era assumidamente homossexual, foi fundador do movimento 28 de Junho, o primeiro a apoiar as causas LGBT na Baixada Fluminense. Ele também era membro do grupo de tambores de Olokun, adepto do candomblé, e em várias festividades usava trajes considerados femininos.Segundo amigos, a vítima sempre temeu pela homofobia.

O crime causou indignação e gerou ações de repúdio nas redes sociais. “Como ele estava com vários hematomas no rosto, não resta dúvida pra gente que não houve queda ou acidente, foi intolerância mesmo, crime de ódio. Ele não tinha inimigos e estava solteiro, por isso também não acreditamos em outras versões. Como a pessoa que espalhava o amor pode ser vítima de tanto ódio?”, declarou o amigo Diego Bion para o jornal O Dia.

O fotojornalista Maxé Mixo declarou que os amigos declarou que a questão “da homofobia não é somente a morte, é a vida”. “Meu irmão nunca chegou a se abater pelos insultos que ouvia na rua. Como sociedade, a gente não aceita o diferente. É preciso, sim, discutir e criminalizar essas atitudes”.

A Delegacia de Homicídios (DH) da Baixada Fluminense investiga o caso. Parentes e amigos foram chamados para depor.

Da Acapa