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Filarmônicas do Recôncavo ocupam Porto São Félix em grande celebração musical

Genilson Coutinho,
05/08/2025 | 15h08

Foto: Divulgação

O Porto São Félix se transformou em palco e praça de celebração da apresentação de encerramento do Encontro Ponte Para as Filarmônicas, no último domingo (3). O evento reuniu mais de cinquenta músicos em uma performance coletiva que emocionou o público local e reafirmou o papel das filarmônicas como potentes guardiãs da cultura musical do Recôncavo Baiano.
Realizado pela Casa da Ponte, o encontro aconteceu entre os dias 2 e 3 de agosto, e integrou oficinas formativas, ensaios conjuntos e intercâmbio entre músicos de seis filarmônicas da região: Filhos de Apolo (Santo Amaro), Euterpe Cruzalmense e Lira Guarani (Cruz das Almas), 5 de Março (Muritiba), Lyra Ceciliana (Cachoeira) e União Sanfelixta (São Félix), além de integrantes da Orquestra Afrosinfônica.
“A filarmônica cumpre um papel educacional, social e cultural, porque é um dos movimentos mais importantes que existem, hoje. no Brasil. Já tive oportunidade de vivenciar muita coisa, tocar com muita gente, mas este é um dos momentos que me sinto mais realizado em ver esta beleza”, comenta o maestro Ubiratan Marques.
A apresentação final, realizada no Porto São Félix, atraiu moradores da cidade e visitantes, encerrando o encontro com interpretações coletivas e momentos de forte simbolismo para a cena cultural local. Antes do concerto, os músicos participaram de oficinas de flauta, clarinete, saxofones, trompete, trombone, tuba, bombardino, percussão e arranjos, ministradas pelo maestro Ubiratan Marques (arranjos), e os professores Julio Sant’Anna, Indira Dourado, Vinicius Freitas, Everaldo Pequeno, Rosa Denise, Fernando Rocha e Amanda Rodovalho.
“A maioria das filarmônicas, aqui representadas por alguns músicos, é centenária. O que faz manter a memória viva, essa coisa do patrimônio, é justamente não deixar essa engrenagem parar de girar. E você manter esse processo vivo, atrair jovens para estudar numa instituição de música, é uma missão árdua”, afirma Vinicius Freitas, coordenador do projeto.
O projeto integra uma nova frente territorial da instituição voltada à valorização das filarmônicas baianas, com foco na formação, visibilidade pública e fortalecimento institucional desses grupos, muitos com mais de 100 anos de existência.
O Ponte Para as Filarmônicas tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio do Fundo de Cultura da Bahia / Programa de Apoio a Ações Continuadas.