No Circuito

Feito por mulheres para mulheres: com o tema ‘marinheiras’, bloco ‘AxéRecudas’ estreia no circuito Sérgio Bezerra

Redação,
21/02/2025 | 22h02
(Foto: Reginaldo Santos)

Conhecido por promover um ambiente seguro, acolhedor e divertido para todas as mulheres, o bloco “AxéRecudas” chega ao nono ano estreando no circuito Sérgio Bezerra, o oficial das fanfarras. Com o tema  “marinheiras”, a expectativa do bloco é levar 300 foliãs para a avenida este ano, no próximo dia 26, mantendo a tradição do desfile que acontece sempre na quarta-feira que antecede o carnaval.

“O bloco é sinônimo de força e alegria, por ocuparmos, juntas, um espaço com segurança. Nós celebramos a diversidade e a potência de ser mulher em suas múltiplas formas e expressões.  Somos uma representação de mulheridades e a liberdade de ser o que quiser. Apesar de alguns pequenos avanços na conscientização e no enfrentamento dessas questões, infelizmente, há muito o que ser feito”, destaca Thais Gavazza, uma das idealizadoras do bloco.

O desfile tem previsão de saída às 23:45h, sob o comando da Oficina de Sons, movimento coletivo percussivo com formação predominantemente feminina. No entanto, a festa já começa às 20h30, com a concentração open bar no 5571 Bar, localizado no Farol da Barra, com atração musical que será divulgada em breve. Os ingressos para participar do bloco, que este ano conta com o apoio da Don Luiz e Almaléa Sorvete, estão disponíveis no Sympla por R$275,00 – valor de 3° lote. Mais informações através do WhatsApp (71) 99328-5778 e @axerecudas no Instagram.

A história por trás do bloco

O bloco começou como uma brincadeira no ano de 2015, com 20 foliãs. A ideia surgiu de forma despretensiosa entre Thais e as amigas Amanda Prado, Nena Sales e Paula Lima, que compartilham da mesma paixão pelo carnaval. Para cada ano, um tema, e durante 8 folias ela já foram lutadoras de boxe, árbitras de futebol, piratas, cartas de baralho, sereias, líderes de torcida, gênias da lâmpada e chapeuzinhos vermelhos.

O nome peculiar e irreverente escolhido para batizar o bloco nasceu como um trocadilho, que mistura Axé, gênero musical baiano fortemente ligado ao carnaval, e uma referência à genitália feminina, com o objetivo de exaltar a potência e o orgulho de ser mulher, celebrando todas as expressões e corpos que englobam as mulheridades. De acordo com Thais, muitos se espantam com algo tão escrachado, acham que é exagero, mas o conceito é desafiar padrões com leveza e bom humor porque o carnaval é, historicamente, uma festa de irreverência, trocadilhos e celebração da liberdade. 

“Percebemos que existiam poucos movimentos como o nosso, formado exclusivamente por mulheres. A partir disso, decidimos investir na ideia e construir a marca, que hoje celebra a coletividade. Somos uma representação de luta, pela liberdade de ser quem somos”, finaliza.