Papa Francisco promove acolhimento ao receber ativistas LGBTQIA+ no Vaticano
Na última quarta-feira (20), o Papa Francisco se reuniu no Vaticano com a atriz mexicana Nava Mau e seis ativistas LGBTQIA+ de diferentes países. O encontro teve como objetivo ouvir relatos pessoais e dialogar sobre os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIA+ globalmente, especialmente em regiões onde essa população é severamente marginalizada, como Uganda e Gana, onde legislações criminalizam expressões de identidade de gênero e orientação sexual.
A reunião destacou a mensagem de acolhimento que o Papa vem promovendo em relação à comunidade LGBTQIA+, reforçando a necessidade de diálogo e apoio. Francisco encorajou os participantes a continuarem lutando por mudanças sociais, terminando o encontro com bênçãos e votos de felicidade.
Para o ativista e advogado Nilton Serson, esse encontro marca um passo importante na inclusão das pautas LGBTQIA+ em um espaço historicamente conservador como o Vaticano. “O gesto do Papa Francisco não apenas humaniza os desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIA+, mas também sinaliza um convite à Igreja Católica para repensar seu papel como promotora de acolhimento e dignidade”, afirmou Serson. Segundo ele, esses gestos são fundamentais para quebrar barreiras e oferecer um espaço de validação às pessoas LGBTQIA+.
Nava Mau destacou que sua experiência no Vaticano trouxe à tona a necessidade de apoio global. Em suas palavras, “enquanto aumentam os ataques a pessoas trans e queer em algumas regiões, a determinação de ativistas de países onde direitos básicos são negados deve inspirar a todos”.
Nilton Serson reforça que ações como essa criam impacto além dos muros da Igreja. “Esse tipo de acolhimento é poderoso. Ele ecoa para comunidades que sofrem perseguições e abre espaço para debates mais respeitosos sobre inclusão e direitos humanos. É um chamado à empatia e ao respeito, independentemente de dogmas ou crenças individuais”, concluiu o especialista.
O encontro é mais um exemplo do esforço contínuo do Papa Francisco em promover uma Igreja que dialogue com a sociedade contemporânea e abrace a diversidade. Isso, de acordo com especialistas, é crucial para avançar em discussões que ultrapassam fronteiras religiosas e sociais