Sociedade Internacional de Aids apela por acesso urgente às vacinas contra Mpox em toda a África
A Sociedade Internacional de Aids (IAS) pede a distribuição imediata de vacinas eficazes contra a mpox em meio ao aumento da transmissão na República Democrática do Congo (RDC) e em muitos outros países africanos.
“A IAS pede uma resposta tripla: entrega rápida e desburocratizada de vacinas aos países africanos, o estabelecimento de instalações de testes rápidos e gratuitos nas comunidades e mensagens claras e não estigmatizantes para informar as comunidades sobre os sintomas e como prevenir a disseminação”, declarou a presidente do IAS, Beatriz Grinsztejn.
A Organização Mundial da Saúde declarou o mpox uma emergência de saúde pública de interesse internacional em 14 de agosto de 2024 pela segunda vez. Uma cepa emergente de mpox detectada tem uma taxa de mortalidade dramaticamente aumentada (3-4%).
A cepa emergente mpox, que está sendo transmitida por meio de redes sexuais e contatos domésticos próximos, é uma emergência não apenas para a África, mas globalmente. A transmissão contínua da cepa 2022-23 também representa sérias preocupações, especialmente entre pessoas imunocomprometidas, incluindo pessoas com HIV avançado, que têm maior probabilidade de desenvolver doenças graves.
“Há uma necessidade urgente de continuar buscando medidas terapêuticas e preventivas para todos os subtipos do vírus mpox e de promover uma resposta global de saúde unificada para garantir uma abordagem coordenada e equitativa a esta crise, que afeta desproporcionalmente países de baixa e média renda”, acrescentou Grinsztejn.
O surto de mpox ressalta a necessidade de maior cooperação global e a transferência de conhecimento e capacidades de fabricação de vacinas para dar suporte e empoderar as regiões afetadas. De acordo com o presidente eleito da IAS, Kenneth Ngure, “Este surto destaca a necessidade urgente de um tratado global de pandemia, bem como de maior expertise científica local e fabricação médica, o que permitiria que os países respondessem mais rapidamente a emergências.”