VIVADANÇA Festival Internacional comemora 15 anos em ponte com a dança de países africanos
O festival reúne uma série de espetáculos (baianos, nacionais e internacionais), mostras, exposição, Batalha de Break, oficinas, seminários, networking, podcasts, residência artística e intercâmbios. A programação completa do VIVADANÇA está disponível no site www.festivalvivadanca.com.br
Há 15 anos o VIVADANÇA Festival Internacional mantém um diálogo intenso com a dança de todos os continentes, somando ao longo desse tempo um total de 248 espetáculos, cumprindo um papel importante na internacionalização da Bahia através da Dança. Nessa interlocução contínua, contabiliza a participação, durante sua história, de artistas provenientes de 56 países, sendo 20 países de todas as regiões da do continente africano, sempre presente na programação, apresentando espetáculos, filmes, oficinas e palestras. No ano passado o VIVADANÇA sedimentou esse espaço com a criação do “Conexão África”, para visibilizar e fomentar ainda mais a ponte com os artistas africanos e o público baiano e brasileiro.
Nessa 15ª edição, que estreia no Dia Internacional da Dança (29 de abril) e segue até o dia 08 de maio, o festival recebe representantes de 17 países, entre eles, Burquina Faso, Cabo Verde, Guiné, Madagascar, Marrocos, Moçambique, Nigéria, Ruanda, Senegal, Togo, Zimbábue, Argentina, Ilha de Guadalupe, Peru, Espanha, França e Portugal. O VIVADANÇA se torna um festival híbrido, no trânsito entre o presencial e as plataformas digitais.
O palco de abertura deste ano é num dos mais importantes patrimônios culturais do Brasil: o Teatro Vila Velha. No dia 29/04, às 18h, o VIVADANÇA estreia no Vila com a exibição presencial de “Somewhere at the Beginning”, espetáculo solo em que a aclamada dançarina e coreógrafa senegalesa Germaine Acogny – “a pioneira da dança africana contemporânea e premiada pelo Festival de Veneza com o Leão de Ouro pelo conjunto da obra – se reconcilia com o seu próprio passado, as raízes que são os pontos de partida para toda a vida, encarnada nas figuras arcaicas que a acompanham. Tendo saído da África, vivido exilada na Europa e retornado à sua terra natal, a obra de Acogny é também um diálogo entre o Ocidente e o continente africano, sobre a busca de uma identidade que nunca é algo concedido ou adquirido. O diretor franco-alemão Mikaël Serre optou por expressar esse jogo de memória com uma intimidade destinada a evitar as simplificações exageradas da ideologia”. No mesmo dia, a obra de Acogny terá também uma sessão on-line, às 20h, no palco virtual Stage Pluss https://stagepluss.com.
Completando a programação de abertura, o VIVADANÇA Festival Internacional também celebra seus 15 anos com a Exposição VIVADANÇA, em que apresenta uma releitura criativa e inspiradora da identidade visual de edições anteriores do festival, concebida pelo multiartista baiano Pedro Gaudenz, a partir de fotografias de João Milet Meirelles, Márcio Lima e Tiago Lima. A exposição reúne 12 totens com imagens e informações preciosas da história do festival, sua expansão e rotas, evidenciando o movimento contínuo de troca com os quatro cantos do mundo, onde a Dança é grande estrela. Em parceria com o Shopping da Bahia desde 2015, a Exposição VIVADANÇA é uma ação importante que une arte e mercado, trazendo dança para inspiração do público que transita pelos seus espaços no dia a dia de trabalho ou lazer. A curadoria é da coreógrafa e diretora-geral do festival, Cristina Castro. De 29/08 a 08/05, no Shopping da Bahia.
“O festival Vivadança marca seus 15 anos de ação contínua colocando a Bahia na rota internacional da Dança e consolidando-se como evento calendarizado. O trabalho de conexão e intercâmbio internacional foi sendo construído passo a passo tornando-se ação de destaque. Esse trabalho de criação de laços culturais é fundamental para o desenvolvimento da sociedade. Criamos pontes, levamos e trazemos conhecimento e oportunidades fomentando o mercado cultural”, avalia Cristina Castro, diretora-geral do VIVADANÇA. Nessa trajetória, acumulamos a participação de artistas de 56 países de todos os continentes do mundo, apresentações de 248 espetáculos nacionais e internacionais, 105 conteúdos virtuais de dança, entre documentários, videodança e filmes, 12 batalhas de break, 06 residências artísticas internacionais, 155 oficinas e workshops e 12 exposições, contabiliza Cristina Castro, diretora-geral do VIVADANÇA.
O VIVADANÇA Festival Internacional é uma realização da Baobá Produções Artísticas. O projeto foi selecionado pelo Edital Eventos Calendarizados com apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Em 2022 o Festival conta com a parceria institucional da Embaixada França, Consulado da França, Instituto Francês, Cine France, Embaixada da Espanha, Instituto Cervantes, Solo Tanz Theater Festival, Instituto Cultural Peruano Norteamericano (ICPNA), Cia Mangrove, MID (Movimento Internacional da Dança), Solos na Rede, Teatro Vila Velha, SESC, Casa do Benin (Fundação Gregório de Matos), Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB) e Shopping da Bahia
- Mais sobre a história do VIVADANÇA Festival Internacional
Criado em 2007 pela diretora e curadora artística Cristina Castro, em Salvador-BA, com o nome de Mês da Dança no Vila, o VIVADANÇA Festival Internacional iniciou suas atividades como programação especial no Teatro Vila Velha, espaço independente e usina cultural do Brasil, em comemoração ao dia internacional da Dança (29/abril), data instituída pela Unesco para celebrar a dança no mundo.
Ao longo de 15 anos de realização contínua o festival amplia sua atuação e coloca a Bahia na rota internacional de promoção e difusão da dança e consolida o festival como evento calendarizado no Estado da Bahia, promovendo ricos diálogos e intercâmbios artísticos. Na sua programação espetáculos nacionais e internacionais, mostras especiais baianas, mostra latinoamericana, exposições, projetos em parcerias com centros internacionais, networking entre artistas e programadores e conteúdos virtuais e presenciais em diferentes palcos da cidade e da internet. Desde sua criação o festival já realizou programação nos Estados da Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais e Espírito Santo e hoje concentra suas atividades na capital baiana para um público fidelizado, eclético e diverso.
Biografia Cristina Castro
Criadora, diretora e curadora artística do Vivadança Festival Internacional, desde 2007.
Premiada pela Unesco com o Prize for the Promotion of the Arts e diplomada pela Universidade Federal da Bahia no curso de licenciatura em dança.
Como dançarina profissional trabalhou em grupos independentes, no Grupo Viravolta/Lia Robato, e na Cia oficial do Estado da Bahia, Balé Teatro Castro Alves, por 12 anos.Fundou em 1998 no Teatro Vila Velha a Cia. Viladança, circulando seus espetáculos de dança contemporânea e ministrando oficinas no Brasil, Europa e América do Sul.
Convidada pela Fundación Carolina e Embaixada da Espanha participou do Primer Programa Sociedad Civil de Brasil nas cidades de Bilbao, Madrid e Vitoria. Pela Bolsa Vitae, participou do International Arts Management e International Choreography Residency nos EUA e pelo Goethe Institut e Embaixada da Alemanha, de intercâmbios em Frankfurt, Munique, Berlin, Dresden, Hamburgo, Essen, Stuttgart e Düsseldorf.
Através do Festival Vivadança e Teatro Vila Velha vem criando e mantendo parcerias internacionais para residências, intercâmbios e programação de espetáculos com diversos países, como a Colômbia, Israel, México, Alemanha, Espanha, França, Polônia, Costa Rica, Paraguay e El Salvador.
Em 2016 e 2017, em parceria com Arts Foudation/Joanna Lesnierowska e o Culture.pl criou o projeto Yanka Rudzka com ações no Brasil e cidades da Polônia. Em 2018 em parceria com o Festival Danza en la Ciudad/Idartes, realizou residência e intercâmbio entre artistas brasileiros e colombianos.Em 2019, colaborou na co-produção do projeto Medo/Agnst, do coreógrafo alemão Ben Rieper e artistas do Brasil, EUA e Alemanha.
No primeiro semestre de 2019, participou como diretora convidada do Programme Commun 2019 – Swiss Arts Council Pro Helvetia, em Lausanne/Suíça e do International Visitors Programme of the cultural funding organisation NRW KULTsekretariat, em cidades da Alemanha.
No 2ºsemestre participou comoconvidada do ENDMéxico 2019 (Encuentro Nacional de Danza)-Instituto Nacional de Bellas Artes y Literatura. Texcoco/México.
E em 2020 no Conversatório de gestoras culturais da América Latina, no Festival Danza Nueva promovido pelo ICPNA – Instituto Cultural Peruano Norte Americano. Participou como Comissão julgadora na 25ª edição do Internationales Solo Tanz Theater Festival, Stuttgart/ Alemanha e foi entrevistada da 4ª edição da Rencontre du Cercle; organizado pelo Círculo / Rede Internacional de Coreógrafos África e Diáspora, sob a coordenação artística dos Srs. Georges Momboye e OGOULA LATIF Jean Remy, Gabão – África.