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Lucas Borghi, Maria Clara Araújo e Marcela Aguiar compõem programação do Encontro Das Pretas

Redação,
27/11/2020 | 11h11
Marcela Aguiar (Foto: Divulgação)

A sétima edição do “Encontro Das Pretas”, um dos maiores eventos de cultura negra do Brasil e o primeiro do Espírito Santo, realizado pelo Instituto DasPretas.Org, é 100% online e gratuito e está reunindo afroempreendedorismo, música, tecnologia, educação e poesia em um festival virtual. Marcando a programação da sexta-feira (27), que inicia com o Talk “E eu também não sou uma Mulher?” com Maria Clara Araújo (Afrotranscendente) e Marcela Aguiar, às 10h e Lucas Borghi faz intervenção cultural às 14h. A programação do evento segue todos os dias a partir de 10h, até domingo (29).

Com diálogos de igualdade e redução das desigualdades em linguagem contemporânea, tecnológica, diversa e inclusiva o projeto propõe soluções para as questões étnico-raciais e de gênero e um mundo conectado pelo respeito. A proposta intervencionista de Lucas Borghi é uma perambulação pelas margens mateenses. A experiência colonial é o ponto de partida, mas não há lugar de chegada. Resultado do edital de Chamamento Público, realizado pela organização do evento, para compor a programação, a intervenção acontece no canal YouTube do Instituto. 

“Transicionar é um estar que se faz sempre na marginalidade, à marginalização. A minha experiência na margem é a mola que impulsiona a uma nova casa, a novas formas de vida. Estar à margem significa tão somente poder ver e ler o centro para além dele mesmo, e percebê-lo como uma grande categoria criada e inventada para simplesmente normatizar. Me lanço nos encontros das águas do Rio Cricaré com a terra de São Mateus, em uma temporalidade que não é dualista, binária. Me encontro em processos artísticos, estéticos e literário de pessoas como: Linn da Quebrada, Jup do Bairro, Lélia Gonzalez, Grada Kilomba, Neusa de Souza Santos, Frantz Fanon, entre outras. […]

É uma investigação de resgate das possibilidades de mim mesma, que só são possíveis porque antes de mim, eu mesma já existia em muitas outras. É um resgate memorial das minhas a partir da marginalidade mateense, da margem das águas do Rio Cricaré”, conta Lucas. 

Ação social – Toda a programação terá ação de engajamento para a arrecadação de doações, para suporte de mulheres negras em situação de vulnerabilidade e estudantes negras sem acessibilidade tecnológica. Toda a renda arrecadada por meio das doações recebidas via PicPay durante o evento será revertida para a compra e conserto de computadores.

SERVIÇO

7ª edição Festival Encontro Das Pretas