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Você conhece uma pessoa trans? – 29/01 dia da Visibilidade Trans

As notícias sobre pessoas trans e travestis são quase sempre permeadas por narrativas trágicas. Seja a denúncia do alto índice de assassinatos, da baixíssima expectativa de vida, ou, no pior dos casos, as narrativas policiais dos sites de notícia que em sua maioria esbanjam transfobia. Só como exemplo, ao procurar “travesti” no Google, as principais notícias que aparecem são relacionadas a violência.

Nesse mês de janeiro, especificamente no dia 29/01, última segunda-feira, é o dia em que é comemorado e reivindicado a visibilidade, o respeito e a cidadania de pessoas trans. Desde 2004, quando o ministério da saúde lançou a campanha Travesti e Respeito: já está na hora dos dois serem vistos junto, que o dia 29 passou a ser uma data de luta pela visibilidade de pessoas trans.

Saindo um pouco das narrativa trágicas e de violência, gostaria de apresentar aqui homens e mulheres trans e travestis que possuem trajetórias de vida diferentes daquilo que se espera para uma pessoa trans no Brasil, e daquilo que tem se noticiado sobre essas pessoas. Busquei referências de pessoas que estão ressignificando suas existências e produzindo conteúdo/informação sobre as questões trans a partir de suas próprias vivencias e experiências.

Selecionei 6 vídeos de canais no YouTube que são comandados por pessoas trans, mais três vídeos com pessoas trans sendo entrevistadas. Todos esses canais possuem uma infinidade de vídeos e uma infinidade de debates que são extremamente importantes e relevantes. Foi inclusive muito difícil selecionar apenas 9. Eu queria 5, encontrei seis, e acabei não resistindo e incluindo essas três entrevistas, que acredito que pode contribuir ainda mais com nossa discussão, em especial aquilo que fala Melissa, criança trans de 09 anos.

Cada vídeo tem entre 5 e 10 minutos, e se você for assistir todos agora, vai gastar apenas 64 minutos. Então, sem desculpa, certo? Não vou me estender muito aqui hoje, porque o foco é refletir a partir daquilo que cada uma dessas pessoas diz sobre si mesma e sobre sua relação com gênero, sexualidade, raça, classe, entre outras questões! Pra mim não faria sentindo que eu, homem branco cis, ficasse divagando sobre a realidade das pessoas trans em uma semana que estamos reivindicando justamente o contrário disso, que pessoas trans sejam vistas, percebidas a partir de suas próprias experiências e narrativas.

Pessoas trans existem. E assim como as violências precisam ser denunciadas, as vidas dessas pessoas também precisam ser visibilizadas. Por isso, convido você a conhecer um pouco mais sobre Rosa, Luca, Xisto, Mandy Candy, Lucca Najar, Leandra Du Art, Melissa Doblado, Alessadra Ramos e Marcelo Caetano.

Canais/vídeos

  1. Barraco da Rosa

  1. Transdiário

  1. Xisto, um Videoblog

  1. Mandy Candy

  1. Lucca Najar

  1. Leandra Du Art

 

Entrevistas:

  1. Melissa Doblado

  1. Alessandra Ramos

  1. Marcelo Caetano

 

 

*Elder Luan – Graduado em História e doutorando do Programa de Pós-graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Gênero, Mulheres e Feminismo.

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