A Secretaria Municipal da Reparação (Semur), através do Centro LGBT Vida Bruno, promoveu, na última sexta-feira (24), o Seminário “Março das Mulheridades”, para servidores da Prefeitura de Salvador. A atividade, que faz parte da formação do Programa de Combate à LGBTfobia Institucional para servidores do órgão e da programação da prefeitura em celebração ao Dia Internacional da Visibilidade Trans, a ser celebrado na próxima sexta (31), foi realizada no auditório da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), no Centro.
O encontro teve por objetivo a reflexão sobre a performance do gênero feminino. Dentre as convidadas para o seminário, estavam a ativista quilombola de Ilha de Maré, Luana do Brasil; e a representante da rede Pró-Cursos Profissionalizantes, Jakellyne Coelho, que puderam contar as vivências pessoais na construção da luta contra a LGBTfobia.
Apoio da Guarda Municipal – “O Programa de combate à LGBTfobia institucional é um programa que faz parte do planejamento estratégico da gestão, para eliminarmos os preconceitos, estigmas e discriminação contra a população LGBT, possibilitando espaços de palavras e atitudes para acontecer virada de chave na vida dessas pessoas”, disse o coordenador do Centro de Referência LGBT Vida Bruno, Marcelo Cerqueira.
Presente no evento, o coordenador de Ações de Prevenção à Violência (Cprev) da Guarda Civil Municipal (GCM), James Azevedo, reforçou o apoio da guarda no combate à LGBTfobia nas repartições da instituição. “A Guarda Municipal, como parte da segurança pública, precisa apoiar a comunidade LGBT+ com um olhar especial, e precisa estar dentro desses movimentos para conhecer quem são as pessoas trans e travestis, para combater o preconceito e garantir o direito de ir e vir dessas e todas as pessoas”.
Maior visibilidade – Servidora da Prefeitura há quase 30 anos, a assistente social Annia Gonçalves, de 57 anos, destacou que a Prefeitura de Salvador, juntamente a outros programas institucionais, tem contribuindo para a visibilidade de temáticas tão importantes para a população.
“Hoje, a falta de informação e o preconceito acarretam muitos problemas e violências em nossa sociedade. A iniciativa da Prefeitura em institucionalizar programas como o de combate à LGBTfobia é louvável. Essa reverberação de conscientizar os colaboradores é de responsabilidade da gestão, pois, através dela, a ação será refletida diariamente na vida de cada um”, reforçou.
O colaborador da Semge, Bruno Cerqueira, de 29 anos, também reforça a importância da iniciativa. “Hoje, o servidor, juntamente com a instituição pública, deve entender e aceitar as diversidades dentro do ambiente corporativo”, pontuou.