O grupo Afrocidade lançou, nesta quinta-feira, o videoclipe da faixa “Baby Te Liguei”. Tocada pela primeira vez no Coala Festival, em São Paulo, a faixa foi produzida por Mahal Pita e composta por MCDO, Fernanda Maia e Eric Mazzone. Com mais de 150 mil execuções nas plataformas digitais, “Baby Te Liguei” faz parte do EP “Afrocidade na Pista”, lançado em janeiro deste ano.
Com roteiro e direção assinados pelo cineasta baiano Edvaldo Raw e produzido pela Isé, o videoclipe retrata um casal que sofre com a distância e que, através da dança, consegue expressar os vários sentimentos causados pela ausência do outro.
Os personagens do clipe são interpretados pelo multiartista Virus e o ator camaçariense Caíque Copque, que juntos protagonizam o romance com a sinceridade dos movimentos corporais. O videoclipe terá uma exibição exclusiva no Music Vídeo Festival, através do Twitch.
O videoclipe tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Sobre o Afrocidade
É bastante sugestivo dizer que a banda Afrocidade nasceu de um encontro de percussionistas. Isso porque, em 2011, o núcleo de Música na Cidade do Saber, no município de Camaçari – Bahia, ofereceu oficinas de percussão e foi neste momento que os primeiros integrantes se conheceram e fundaram o grupo. Sendo assim, fica evidente que os ritmos percussivos, presentes em diversos gêneros, são as bases para a formação da identidade musical da banda.
O som resulta das mais variadas expressões da música negra, “É uma mistura de letras politizadas, com ritmos populares como o arrocha e o pagode, além da música afro, dub jamaicano, o reggae, o ragga e o afrobeat, por exemplo”, explica Eric Mazzone, criador da banda. Além de saudar os tambores da África, o Afrocidade reafirma em suas letras a força, importância e influência direta dos valores étnicos baianos e brasileiros.
Atenta ao cotidiano ao seu redor e às questões vividas no dia a dia, a banda Afrocidade traz reflexões ainda sobre a desigualdade e consciência negra, expressando sua ótica sobre o mundo.
A banda é formada pela dupla de bailarinos Guto Cabral e Deivite Marcel, MCDO (vocal), Eric Mazzone (bateria e direção musical), Fernanda Maia (percussão e vocal), Sulivan Nunes (teclado), Fal Silva (Guitarra), Marley Lima (baixo), Manchinha (percussão), Rafael Lima (percussão). Uma Big Band com referências e musicalidades distintas que formam uma unidade.
Com um disco e um EP na carreira o grupo se prepara para lançar seu segundo disco, no segundo semestre de 2021.
Influências, vale destacar que elas permeiam vários universos musicais. “Toda a música da Bahia influencia a construção do nosso som. Desde grupos como Ilê Aiyê e Malê Debalê até Igor Kannário; de Rumpilezz até Silvano Salles; de Timbalada a Fela Kuti. Acompanhamos os cenários musicais local e nacional. Desde a cena cultural de Recife a Belém do Pará. Além de muito rap nacional e internacional”, conta o baterista.