A cidade histórica de Cachoeira se torna capital baiana da leitura entre os dias 5 e 8 de outubro de 2017, quando os aficionados por literatura de todas as partes do mundo se encontram no maior evento do gênero no estado, a Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica. A coletiva de lançamento ocorreu na manhã desta terça (18), no Palácio Rio Branco, em evento com a presença do Governador do Estado, Rui Costa, do Secretário de Cultura, Jorge Portugal, entre diversas personalidades e convidados. “É o sétimo ano e com certeza a Flica se consolidou como uma referência nacional no campo da literatura. Mais uma vez esse ano nós vamos organizar caravanas das escolas públicas estaduais da região do recôncavo e de Salvador para que elas possam participar desta festa maravilhosa, como fizemos nas últimas edições”, declarou o governador Rui Costa.
Novamente, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) abraça a Flica. Além do apoio através do Fazcultura, a SecultBA promoverá uma programação diversificada através de suas unidades, a Fundação Pedro Calmon (FPC) e a Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). Ligado à história da Flica desde o seu primeiro ano, antes mesmo de sua gestão como secretário de cultura, Jorge Portugal comemora o fortalecimento da festa através da parceria com o Governo do Estado. “A Flica não é apenas uma grande festa literária, ela se torna mãe de outras festas literárias que acontecem na Bahia, como a Flipelô, a Flios, a Fligê, e tantas outras que eu espero que venham por aí”, afirma. A programação das unidades da SecultBA na Flica será divulgada em breve.
Em sua sétima edição, a festa retorna trazendo debates literários, exposições, apresentações artísticas, contações de história e saraus. A Flica costuma atrair mais de 20 mil pessoas. Um dos idealizadores e coordenador geral da Flica, Emmanuel Mirdad festeja que com a Flica a literatura entrou no mapa dos grandes eventos do estado. “Tínhamos muita coisa voltada para música, mas com relação à literatura não havia nada que focasse em suas diversas dimensões, somente nas vendas. E com a Flica nós trouxemos a celebração da literatura, o encontro do autor com o seu público, aquele momento de convivência em que todas as atenções são voltadas para que a literatura fique à frente”.
Este ano, o escritor Ruy Espinheira Filho será o grande homenageado pela Flica. Autor de mais de 20 livros, recebeu diversos prêmios e tem contos e poemas em diversas antologias publicadas no Brasil e no exterior. “Ganhar essa homenagem é uma grande honra porque esse é um dos eventos mais importantes do país”, celebra Ruy. Durante a festa, o escritor ainda participará de um debate sobre poesia em uma mesa mediada pela professora e poeta Mônica Menezes.
A Flica prevê a participação de 20 autores nas mesas literárias. Desses, 13 já foram confirmados na programação. Entre os destaques locais, os autores Franklin Carvalho, Cidinha da Silva e Daniela Galdino. Dos autores nacionais, já confirmaram presença Ruy Espinheira Filho, Maria Valéria Rezende, Ricardo Lísias e Elisa Lucinda. Das participações internacionais, foram anunciadas a moçambicana Paulina Chiziane, a finlandesa Minna Salami e o cubano Carlos Moore, que participará de uma mesa mediada por Jorge Portugal. Este ano, o curador responsável pela programação da Flica é o escritor e jornalista Tom Correia. “Está sendo um trabalho prazeroso que nos ensina a nos colocar no lugar do outro, no diálogo com os escritores e com as pessoas que nos enviam idéias e sugestões”, conta o curador, que promete ótimas surpresas nesta edição.
O público infanto-juvenil também tem espaço garantido na programação. Livros e brincadeiras criam um universo lúdico para a Fliquinha, um espaço literário direcionado à formação de um público leitor entre a nova geração. O trabalho tem à frente as curadoras Lília Gramacho e Mira Silva. “Tudo começa na infância e nossa responsabilidade é muito grande por isso também. O objetivo da gente é promover o encontro dessas crianças com o livro, principalmente agora, num mundo tão tecnológico” explica Mira Silva, que participa do projeto pelo sexto ano consecutivo.
A Flica 2017 é realizada pela Cali e Icontent e tem patrocínio do Governo do Estado, por meio do Fazcultura, mecanismo das secretarias da Fazenda e de Cultura do Estado da Bahia, e apoio do Hiperideal, Coelba e Prefeitura Municipal de Cachoeira. Para o superintendente de promoção cultural, Alexandre Simões, a participação do Fazcultura na festa “é a consolidação de uma parceria que vem dando certo e busca expandir ações para o livro e a leitura. Essa festa é uma entrega cultural importantíssima do ponto de vista social e do ponto de vista cidadão também”, declara.
FAZCULTURA – Parceria entre a SecultBA e a Secretaria da Fazenda (Sefaz), o mecanismo integra o Sistema Estadual de Fomento à Cultura, composto também pelo Fundo de Cultura da Bahia (FCBA). O objetivo é promover ações de patrocínio cultural por meio de renúncia fiscal, contribuindo para estimular o desenvolvimento cultural da Bahia, ao tempo em que possibilita às empresas patrocinadoras associar sua imagem diretamente às ações culturais que considerem mais adequadas, levando em consideração que esse tipo de patrocínio conta atualmente com um expressivo apoio da opinião pública.