Ministério da Saúde informa que 92% dos brasileiros vivendo com HIV estão indetectáveis e não transmitem HIV
Segundo os dados recente do Ministério da Saúde, 92% dos brasileiros vivendo com HIV estão indetectáveis e não transmitem HIV.
“Hoje em dia, uma pessoa que tem o diagnóstico em um período mais tranquilo da doença e faz uso dos medicamentos corretamente tem a mesma expectativa de vida de uma pessoa sem o vírus” enfatiza a infectologista Tassiana Rodrigues Galvão. “Isso acontece porque, na rotina do paciente que vive com HIV, estão as visitas frequentes ao médico, além de exames que devem ser feitos a cada seis meses”, continua.
Isso significa que o fortalecimento das ações do Ministério para ampliar a oferta do melhor tratamento disponível para o HIV tem dado retorno. O próprio SUS (Sistema Único de Saúde) disponibiliza para a população tecnologias e estratégias mais avançadas de prevenção da infecção pelo vírus, como a Prep (Profilaxia Pré-Exposição) e a PREP (Profilaxia Pós Exposição). Além de ampliar o acesso ao diagnóstico a população e aos nichos específicos, como homens que fazem sexo com homens, trabalhadores do sexo, pessoas trans, usuários de álcool e outras substâncias, etc.
“Pessoas que convivem com o vírus e fazem o tratamento corretamente podem ter uma vida normal e saudável, inclusive se relacionando com pessoas que não têm a infecção“, ressalta Tassiana. “É uma relação super possível graças à possibilidade da PrEP, que pode ser utilizada pelo paciente negativo continuamente. Além disso, a pessoa que tem o vírus, mas encontra-se com a carga viral indetectável por mais de seis meses, seguindo com o tratamento correto, não transmite. Muitos casais vivem durante anos, inclusive com a opção de usar ou não o preservativo”, enfatiza.
E para que estes números melhorem ainda mais, é importante que todas as pessoas que tenha tido uma relação de risco façam o teste e, em caso positivo, comecem o tratamento o mais breve possível.