O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado no domingo (17) tratou em uma de suas questões sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Seguindo a linha de exemplos presentes…
O tema teve boa repercussão nas redes sociais. O Enem usou dados de 2017. Marta recebia um salário anual de U$ 400 mil dólares (R$ 2,1 milhões de reais). Verificando o seu desempenho, a jogadora tinha 103 gols pela seleção brasileira, média de U$ 290 mil dólares (R$ 1,5 milhão de reais) por gol. Neymar recebia e U$ 14,5 milhões de dólares anuais e tinha 50 gols pelo Brasil, média de U$ 290 mil dólares (R$ 1,5 milhão de reais) por gol.
No futebol ou fora dele, a desigualdade salarial entre homens e mulheres é uma realidade. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres brasileiras ganham menos do que os homens em todas as ocupações selecionadas no estudo. Houve uma queda desigualdade salarial entre 2012 e 2018, mesmo assim, as trabalhadoras ganham, em média, 20,5% menos que os homens no país.
Em um relatório sobre desigualdade de gênero lançado em 2019, o Fórum Econômico Mundial estabelece quatro critérios (econômico, educacional, de saúde e político) para analisar países de todo o mundo . Embora tenha subido duas posições em relação ao ano anterior, o Brasil ocupava, no último relatório, um desalentador 92º lugar dentre 152 países. Na América Latina, somos o 22º país, na frente apenas de três de nossos vizinhos. De acordo com o Fórum, precisaríamos de 59 anos para eliminar as desigualdades de gênero no Brasil – sem considerar, é claro, possíveis retrocessos . Dados já mostram que, durante a pandemia, mais mulheres deixaram o mercado de trabalho.
O Guia do Estudante já mostrou que o estudo de gênero e igualdade pode ser um caminho profissional. Em 2009, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi pioneira ao lançar o curso Estudos de Gênero e Diversidade, uma graduação na área de Ciências Humanas com duração de quatro anos. Olha só algumas matérias com as quais você se depararia no curso: Introdução aos Estudos de Gêneros; Gênero e Relações de Poder; Gênero e Violência e Gênero e Políticas Públicas.
Fonte: Guia do Estudante