Margareth Menezes abre os trabalhos de uma nova temporada de carreira no Afropunk Bahia deste sábado (26) com a estreia “Elevante”, seu novo show. Pioneira em defender a identidade do Afropop dentro da Música Popular Brasileira, a artista apresenta um show carregado de ineditismos, que traz, além de novo repertório, experimentações sonoras modernas e intervenções artísticas audiovisuais.
Como convidadas da estreia, recebe no palco a Banda Didá, grupo percussivo feminino da Bahia. Não por acaso, o show foi pensado especialmente para estrear no Afropunk Bahia, maior festival de cultura negra do mundo que acontece nos dias 26 e 27 de novembro (sábado e domingo), às 18h, no Parque de Exposições, em Salvador (BA), e tem ingressos à venda pelo Sympla. O show contará com transmissão ao vivo do canal Multishow.
“Elevante” exalta a afrourbanicidade latente na carreira de Margareth, traduzida por ela em um repertório que vai dos sucessos de carreira às experimentações mais modernas, trazendo interseções com novas sonoridades, em beats eletrônicos somados à batida percussiva, e reafirmando a sua integração com a música da nova geração.
“Sou uma artista afrourbana de 35 anos de carreira que sempre dialoga com o que está posto aí na atualidade. Eu SOU isso, desde sempre. E nesse novo show trago justamente essa contemporaneidade musical, estabelecendo cruzamentos rítmicos de claves – algumas vindas dos blocos afros, outras da nossa própria natividade afrobrasileira – com sonoridades e comportamentos afrourbanos”, explica.
O título, “Elevante”, vem de água de alevante, uma folha curativa usada na medicina natural ancestral para banhos e chás, e diz muito sobre o projeto. “É pra lavar a alma, retomar a nossa ânima, botar pra cima e celebrar a força, a luta e a alegria de estarmos aqui”, resume Margareth sobre a tônica do show, que foi concebido por ela em parceria com o diretor musical Tito Oliveira, o produtor artístico Alex Pinto e o artista plástico Alberto Pitta.
ELEVANTE
Do repertório à formação dos músicos no palco, “Elevante” brinda o público com novidades. Abrindo o show, “Afrocibernética”, uma parceria inédita e autoral de Margareth Menezes com DJ Andrea e a Relight Orchestra, uma orquestra italiana de djs. O show traz ainda canções de “Autêntica”, álbum mais recente da artista, e novas roupagens para hits de carreira como “Faraó”, “Elegibô”, “Dandalunda” e “Alegria da Cidade”.
Entre a banda, à direção musical do baterista Tito Oliveira, somam-se Neomario Marques, no baixo, Jackson Almeida, na guitarrista e Karine Rosselle, nos vocais, além dos novos músicos que estreiam com a artista neste show: Caio Oliveira, no groove eletrônico, Felipe Pires, tecladista, guitarrista e trompetista, Jéssica Kalíne, nas guitarras e violão e Lucas Maciel, na percussão, todos da nova geração da música baiana.
O trabalho do VJ Gabiru, com contribuições estéticas de Alberto Pitta, dá conta das intervenções artísticas audiovisuais que permeiam a apresentação e costuram a narrativa de “Elevante”. A direção artística é dividida pela própria artista junto com Alex Pinto. O figurino, desenhado especialmente para a estreia, é assinado pela marca Meninos Rei, de Júnior e Céu Rocha.
AFROPUNK BAHIA
A estreia do show no palco do Afropunk Bahia é celebrada pela artista como um marco importante na sua carreira. “É uma alegria participar do Afropunk Bahia, esse festival incrível que alavanca para nós uma mudança de postura e de entendimento do mercado com relação às potencialidades dos artistas afroascendentes. É uma oportunidade maravilhosa de mostrar o meu som Afropop nesse ambiente que eu defendo desde 1992, quando tive contato pela primeira vez com a expressão e a identidade da música afrocontemporânea, através dos festivais World Music que participei. Ali eu vi como a Bahia estava conectada com o ambiente da música afrourbana e como muita coisa que eu e outros artistas negros já fazíamos por aqui estava totalmente envelopado na identidade sonora e comportamental do afropop mundial”, destaca Margareth.
Sobre as suas convidadas de estreia, Margareth exalta: “É muito bom ter essa intercessão com a Didá, mostrando a força feminina na percussão da Bahia. A Didá é um projeto criado pelo Neguinho do Samba e que merece sim os holofotes e todo reconhecimento. Então, ouvir os tambores da Didá e receber essa força, esse axé, é sempre muito bom”.
Margareth Menezes – NOVO Show “Elevante”
Festival Afropunk Bahia
Data: 26 de novembro (sábado)
Horário: 18h
Local: Parque de Exposições de Salvador
Ingressos: Sympla
Transmissão ao vivo: Multishow