Manuella Tyler aciona o MP-BA e pede rigor na investigação do assassinato de Rhianna Alves

O assassinato da jovem trans Rhianna Alves, de 18 anos, ocorrido no dia 6 de dezembro, chocou o município de Luís Eduardo Magalhães e acendeu o alerta sobre a violência contra pessoas trans na Bahia. Segundo informações divulgadas pela imprensa, o suspeito teria utilizado um “mata-leão” como método de execução e foi posteriormente liberado após alegar legítima defesa.
Para Manuella Tyler, a liberação do suspeito e a lentidão no avanço do inquérito geram insegurança, revolta e sensação de desamparo entre pessoas trans e movimentos de direitos humanos.
“A omissão ou demora na investigação reforça a impunidade e coloca ainda mais vidas em risco. Pessoas trans têm direito à proteção do Estado, à dignidade e a uma resposta rápida e transparente das instituições”, declarou a vereadora suplente.
No documento enviado ao MP-BA, a ativista requer:
- Informações atualizadas sobre o andamento do inquérito.
- Acompanhamento prioritário do caso, com análise rigorosa da alegação de legítima defesa.
- Recomendação ou requisição de novas diligências, caso necessário, para garantir investigação completa e imparcial.
A denúncia reforça a necessidade de combater a violência estrutural e garantir que crimes contra pessoas trans não sejam naturalizados ou negligenciados.
O pedido foi fundamentado na Constituição Federal, que assegura igualdade e proteção à vida, e nas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que equiparam atos de transfobia ao crime de racismo, previsto na Lei nº 7.716/1989.