Uma jornada de superação e um convite ao autoconhecimento e ao amor-próprio guiam “Soltei”, primeiro EP do cantor e compositor gaúcho Jona Poeta. Tranformando o fim de um relacionamento em uma oportunidade de crescimento, o artista entrega seis canções marcadas por um olhar ao mesmo tempo sensível e pop sobre os dilemas e as dores de um coração partido e a vontade de seguir em frente e abraçar quem se é. O álbum tem produção de Dandara Manoela e chega às plataformas de streaming, acompanhado também do e-book “Manual do Desapego”.
A narrativa de “Soltei” foi antecipada pelos singles “Beijos sem Sabor”, “Nome na lista” e a faixa-título, onde Jona revela momentos de força e superação após escolher dar adeus a um relacionamento onde não podia abraçar a sua identidade. Com o EP, três faixas inéditas completam essa história com muita vulnerabilidade, indo da saudade e desejo de retorno com o ex (“Te Quero Perto”), passando por uma empatia imatura, confusa e raivosa (“Catarse”) e concluindo com um manifesto de autodescobrimento (“Meu Couro”), aceitando ser quem é e se apropriando disso como arma e escudo.
“O EP conecta toda a jornada e expõe toda a vulnerabilidade de alguém que viveu o fim de um grande amor ao mesmo tempo que entendia seu próprio senso de identidade e amor-próprio”, resume Jona.
Se entregando nas canções como quem abre as páginas da própria história, o artista olha para o futuro em “Soltei”. O trabalho veio de uma combinação de dois caminhos internos: a vontade de se dedicar à música após uma carreira corporativa; e uma profunda reflexão pessoal. Ao lado da produtora musical Dandara Manoela, Jona Poeta deu vida a canções onde reflete sobre amores, despedidas, recomeços e sua identidade enquanto homem bissexual.
“O EP vem para me conectar a pessoas que estão abandonando relações não saudáveis e abraçando a si mesmas, aceitando seus jeitos, seus corpos, suas personalidades e acolhendo seus erros com amor-próprio. No e-book compartilho minha vivência e os seis passos que segui para estar nessa posição resolvida e feliz comigo como estou”, explica.
Jona se viu desabrochar enquanto artista tardiamente. Originário de uma família humilde em Santo Angelo, interior do Rio Grande do Sul, ele cresceu sem acesso a centros de cultura ou aulas de instrumentos. Dedicou seus esforços a uma vida acadêmica e profissional que garantissem o sucesso financeiro necessário para cuidar dos pais e de um irmão com necessidades especiais. Foram 15 anos como executivo internacional em multinacionais e empresas de tecnologia quando, já morando em Santa Catarina, ele passou a frequentar o conservatório da Sociedade Cultura Artística, onde teve seu primeiro contato com aulas de canto coral, prática de conjunto, teoria musical e canto popular.
Em 2019, veio um encontro que mudaria tudo: Jona conheceu Dandara Manoela, cantora e educadora vocal na Casa Luanda. A conexão imediata entre os dois aconteceu naturalmente, compartilhando histórias e uma música que ele havia escrito e para qual ela desenvolveu um arranjo instantaneamente. A partir de então, eles passaram a estudar letras e poesias de Jona em aulas de canto fazendo as composições juntos para em seguida, a gravá-las. E abraçar sua veia artística era, também, abraçar quem ele era.
“Sinto que estou oferecendo um caminho e um incentivo para as pessoas se conhecerem mais, se apaixonarem por si e se encorajarem para sentir as dores do processo de se colocar na frente, pois ele envolve sair da zona de conforto. Priorizar o amor-próprio implica muitas vezes em abandonar relações que nos fazem mal, mas que são com pessoas a quem amamos e viver essa dor com dignidade e verdade é fundamental para estar livre para o próximo momento. Vou espalhar para tantas pessoas quanto eu conseguir esse convite para que elas percorram suas próprias jornadas de empoderamento e amor-próprio”, completa.
Embarcar nessa viagem começa pelo play no EP “Soltei”, já disponível nas principais plataformas de streaming.