Com o objetivo de alertar as pessoas vivendo com HIV/aids sobre a importância da adesão ao tratamento e disseminar informações relevantes sobre a doença, o Instituto Vida Nova, ONG que acolhe pessoas vivendo com HIV/aids, acabou de lançar na USP Leste, em São Paulo, a exposição fotográfica “Indetectável Igual a Intransmissível (EXPO I=I)”.
A iniciativa do Vida Nova, em parceria com a Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, o Instituto Pró- Diversidade e a AHF Brasil, quer disseminar a informação de que a adesão ao tratamento possibilita a qualidade de vida das pessoas HIV+.
A exposição reúne fotos em banners de protagonistas que vivem com HIV, com depoimentos. “As falas podem sensibilizar pessoas que ainda têm dificuldades em aderir ao tratamento do HIV e superar estigmas e preconceitos. A proposta é usar a exposição como uma ferramenta de comunicação que possibilite, além da visitação da instalação fotográfica, a realização de atividades, diálogos e reflexões junto aos visitantes”, explicou Américo Nunes Neto, fundador do Instituto Vida Nova e idealizador da Mostra.
Segundo o Unaids, ao longo dos últimos 25 anos, a ciência tem demonstrado que o tratamento antirretroviral é altamente eficaz na redução da transmissão do HIV. Agora, a evidência é clara: quando uma pessoa vivendo com HIV alcança a carga viral indetectável, o vírus deixa de ser transmitido em relações sexuais.
“Para muitas pessoas vivendo com o HIV, a notícia de que o vírus não pode ser transmitido sexualmente é uma mudança de vida. Além de poderem optar por terem relações sexuais sem preservativo, muitas pessoas vivendo com o HIV e cuja carga viral está suprimida ou indetectável sentem-se libertas de estigmas associados ao fato de viverem com o vírus. A consciência de que o HIV não mais pode ser transmitido sexualmente pode dar às estas pessoas com carga viral indetectável um forte senso de que elas são agentes de prevenção em sua abordagem perante relacionamentos novos ou já existentes.”
A exposição estará na Escola de Artes, Ciências e Humanidades até o dia 30 de setembro. Também haverá rodas de conversas com os estudantes.
“Os depoimentos deixam claro que tratar o HIV é fundamental, mostram que é possível seguir em frente, viver bem, estudar, trabalhar e fazer planos. Queremos continuar fortalecendo o debate sobre a importância da condição atual de ter o HIV indetectável no organismo. Ter adesão permanente ao tratamento, além dos benefícios para saúde, também impacta na possibilidade da quebra de estigma e do preconceito contra as pessoas que vivem com HIV. Ou seja: eu sou igual a você, eu não transmito o HIV”, finalizou Américo.
Serviço
EXPO I=I
Quando: Até 30 de Setembro
Campus USP Leste (Rua Arlindo Béttio, 1000 – Ermelino Matarazzo)