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Infectologistas reforçam que prevenção e informação são fundamentais para combater HIV

Genilson Coutinho,
17/05/2016 | 17h05

informação é a arma principal na luta contra o vírus HIV. Para o Infectologista  Valdez Madruga, coordenador do Comitê Científico de HIV/AIDS da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), é fundamental que a população, em especial os jovens, entenda um pouco sobre as formas de exposição para que todos possam se prevenir adequadamente do vírus.

Um estudo publicado no site da revista médica norte-americana Lancet, agora em maio, apontou que a prática do sexo sem proteção já é a 2ª maior ameaça à vida dos jovens de 15 aos 24 anos no mundo.  Para se ter uma ideia da gravidade do problema, de acordo com a série histórica, em 1990 o sexo desprotegido era a 6ª maior ameaça à vida para os jovens de 20 a 24 anos e a 12ª para o grupo de 15 a 19 anos.

“É sempre importante relembrar: saliva, beijo, abraço, aperto de mão, nada disso transmite o vírus. Mas quem compartilha agulhas e seringas ou faz sexo sem proteção está sempre sujeito à contaminação por HIV. É uma roleta russa com a qual ninguém deveria brincar”, disse o médico da SBI.

De acordo com Madruga, os jovens também precisam se informar sobre o uso da PEP (Profilaxia Pós-Exposição). Trata-se de uma medicação disponível na rede pública de saúde que evita que o vírus HIV contamine a corrente sanguínea de alguém que se expos em uma relação sem camisinha. A PEP é uma medicação que não deve ser banalizada, pois precisa ser tomada durante 28 dias e tem efeitos colaterais como náuseas e dores de cabeças, além de ter menor eficácia se o uso ocorrer de forma repetitiva. Normalmente, a eficácia da PEP para impedir a contaminação atinge cerca de 95% de sucesso.

“Por exemplo, a pessoa que faz sexo sem proteção pode e deve procurar ajuda. A PEP precisa ser tomada até no máximo 72 horas após ter tido uma relação desprotegida. Quanto mais rápido se tomar a medicação, maiores as chances de se proteger da contaminação”, explicou o infectologista. A PEP está disponível de graça nas emergências e serviços de saúde especializados em doenças sexualmente transmissíveis e quem precisa da medicação é atendido como prioridade.

No último dia 7, o Comitê Científico de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia iniciou uma bateria de reuniões para definir diretrizes para projetos e posicionamentos da SBI relativos às futuras políticas para o diagnóstico e tratamento da doença.

HIV NÃO é transmitido por:

Saliva

Beijo

Abraço

Aperto de mão

Contato físico

HIV É transmitido:

Em relações sexuais de risco sem o uso de preservativo

Contato com sangue contaminado por meio de compartilhamento de seringas, especialmente entre usuários de drogas