“HIV no Tribunal”: Um espetáculo para combater o estigma e promover a educação sobre HIV

Na noite de quinta-feira (18), o Auditório do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, foi transformado em um verdadeiro palco de reflexão e emoção. A estreia do espetáculo “HIV no Tribunal”, uma criação coletiva do Instituto Cultural Barong, trouxe à tona uma abordagem ousada e inovadora sobre o HIV e o preconceito que ainda persiste em torno do tema.

A peça, dirigida pelo ator e diretor Tadeu di Pietro, mistura drama e humor para contar a história de Bráulio, um homem acusado de transmitir intencionalmente o HIV à sua companheira. No formato de um tribunal, o público, que na estreia foi formado por jornalistas, gestores, artistas e parceiros engajados na causa, foi conduzido por uma narrativa tensa e envolvente, onde ativistas e profissionais da saúde assumem o papel de testemunhas. Como em um julgamento real, as testemunhas permanecem isoladas e sem comunicação, intensificando o clima de expectativa.

O elenco conta com nomes como Ana Guasque, Daniel Prata, Lilian Marchetti, Margarete Preto, Norma Nacsa, Welton Gabriel, e o próprio Tadeu di Pietro, que dão vida aos personagens de uma história que vai além do teatro. A peça explora questões profundas como preconceito, saúde pública, direitos humanos, desigualdade de gênero e a criminalização da transmissão do HIV.

A jornalista e bailarina Fabi Mesquita dá voz à IA, que atua como auxiliar do juiz, contribuindo para o desenrolar do julgamento e reforçando a interatividade da narrativa.

Entre as figuras que emprestaram suas vozes como testemunhas estão Maria Cristina Abbate, coordenadora da Coordenadoria de IST/Aids de São Paulo; o médico epidemiologista Dr. Fábio Mesquita; o youtuber e ativista João Geraldo Netto; e o médico infectologista Mateus Cardoso. Juntos, eles reforçam a importância de enfrentar o estigma e promover o conhecimento sobre o HIV/aids.

A dramaturgia desafiadora de “HIV no Tribunal” convida o público a refletir sobre empatia, educação e direitos humanos. Mais do que entretenimento, a peça é uma ferramenta de transformação social, utilizando a arte como meio para questionar preconceitos, informar a população sobre formas de prevenção e inspirar mudanças.

O espetáculo contou com o apoio da Gilead Sciences. A produção também teve o suporte da DKT do Brasil, Pyra, AHF Brasil, Fundo Positivo e do próprio Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

“HIV no Tribunal” é uma oportunidade para olharmos de forma mais humana para aqueles que vivem com HIV, de aprender, questionar e, acima de tudo, combater o preconceito por meio da força da arte.

A noite chegou ao fim com um animado coquetel de celebração. Confira a seguir uma galeria com os melhores momentos:

Da Agência AIDS