Antoine Griezmann não é só capa de publicações esportivas na Europa. O atacante francês é o principal personagem da próxima edição da “Têtu Magazine”, o principal veículo destinado ao público LGBTI da França. À revista, o jogador deu fortes declarações em defesa da luta contra a homofobia no futebol.
O tema é tabu no futebol. Recentemente, outro campeão do mundo com a França se posicionou sobre o assunto. Ao jornal “Le Figaro”, o atacante Giroud declarou que é “impossível ser homossexual no futebol” e lembrou o caso do alemão Thomas Hitzlsperger, que assumiu ser gay após se aposentar.
Griezmann endossou a opinião do companheiro de seleção francesa. No entanto, reforçou que é preciso mudar tal realidade. O atacante, que fez sua última partida pelo Atlético de Madrid nesta terça-feira, disse que os atletas devem encorajar jogadores que sejam homossexuais a assumirem sua condição.
– É verdade que os estádios não são lugares muito acolhedores para os homossexuais. Há alguns cantos homofóbicos… Nesses tempos, isso é inaceitável. Acabamos todos pagando por esta agressividade – afirmou.
Griezmann também ressaltou o papel de outros setores do futebol na causa. Ele pede maior envolvimento de dirigentes das federações e clubes no combate à discriminação.
– Os dirigentes dos clubes, da federação francesa de futebol e da liga também devem levar esse tema a sério. O futebol é um esporte bonito. Não pode ter essa imagem homofóbica. Mas é mais profundo do que isso. Há algumas semanas me tornei pai pela segunda vez. Cabe a nós, os pais, educar nossos filhos para que cresçam em um mundo menos homofóbico e menos sexista – disse o francês.
Griezmann anunciou sua saída do Atlético de Madrid e ainda não divulgou qual seu destino na próxima temporada. O mais provável é que o Barcelona fique com o atacante, como publicaram os jornais “Marca” e “L’Equipe”. Em cinco anos no Atleti, ele fez 130 gos em 256 jogos e conquistou três títulos.