O Grupo Gay da Bahia (GGB) na figura do seu presidente, professor Marcelo Cerqueira, em Brasília nessa última sexta-feira, a tarde parabenizou o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde através do seu diretor Dirceu Greco e diretor ajunto Eduardo Barbosa pela campanha de prevenção da aids para o carnaval de 2012, lançada no dia 2 de fevereiro no Rio de Janeiro com a presença do Ministro Padilha da Saúde.
De acordo com o ativista Marcelo Cerqueira a campanha ficou muito bonita, comunicativa e o melhor foi que equiparou os três grupos de gêneros sem estigmatizar nenhum deles como “grupo de risco” reproduzindo a mesma cena de paquera com um casal gay, um de um homem e uma travesti, e um casal jovem heterossexual em ambientes alusivos a cada grupo.
A mensagem principal é promover o uso do preservativo nas relações sexuais com as frases “isso rola muito” e outra de apoio que diz “esperar por isso não rola”, alusivo a uma fada que traz em sua mão uma camisinha. “Genial uma campanha governamental ousar dessa maneira reconhecendo gêneros e práticas sexuais distintas das pessoas”, declarou Cerqueira alertando que o importante é se prevenir.
Ainda na opinião do ativista outro fato positivo da iniciativa para o carnaval de 2012 foi a continuidade da campanha de prevenção lançada pelo Departamento dia 1º de dezembro de 2011 que teve como foco a população de jovens gays e heterossexuais.
Cerqueira pontua que hoje em relação a sexo a juventude não é a mesma de 20 anos passados existindo agora as múltiplas identidades e práticas sexuais não hegemônicas a exemplo da bissexualidade entre os jovens de ambos os sexos que recebem estímulos dos mais diversos meios e que isso acaba aguçando a curiosidade em realizar algumas práticas sexuais. “Hoje a diversificação do desejo leva esse grupo a se relacionar sexualmente com outros grupos apenas por prazer e diversão” declarou informando ainda que não somente os jovens, mas os homens adultos se relacionam com outros homens, com mulheres, com travestis e retomam suas “preferências sexuais” de forma normal. A campanha acertou porque envolve todo esse contexto subjetivo do desejo sexual.
Foram produzidas três peças eletrônicas para divulgação pela TV e internet, que são um vídeo de 30 que mostra um casal de homem e mulher em cena de carinho na praia e um caranguejo entregando a camisinha, um casal gay masculino na balada e a presença de uma fada, um ser fantasioso, lembrando da camisinha e finalmente outro vídeo que promove o diagnóstico precoce para o HIV. Já as peças gráficas são quatro cartazes três deles dedicados aos gêneros e um com a sugestão para fazer o teste do HIV.
Consta balões de oxigênio, bandanas, camisetas, porta-documento para pescoço e praguinhas s serem distribuídas nas ações de mobilizações durante o carnaval de Salvador, Olinda, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte e Diamantina em Minas Gerais.
Fonte: GGB